Libertadores

Fluminense será o primeiro a jogar final única da Libertadores em casa

Classificado para a decisão no Maracanã, tricolor terá privilégio raro no novo formado de final com sede única do torneio continental. Cariocas aguardam Palmeiras ou Boca Junios

A final da Libertadores está em casa. Pelo menos para a torcida do Fluminense. No quinto ano de decisão em sede única, um time, enfim, conseguiu concluir o objetivo de sonhar com a conquista do título na própria cidade de origem. Na noite desta quarta-feira (4/10), o tricolor suou, mas viveu momentos mágicos para eliminar o Internacional, após virada heroica, por 2 x 1, em pleno Beira-Rio. O feito grandioso garantiu presença na disputa pela Glória Eterna, em 4 de novembro, no Maracanã, no Rio de Janeiro.

Em busca do primeiro título da competição continental, o Fluminense via a possibilidade de jogar a final em casa de maneira especial. Em 2019, nenhum time peruano chegou a Lima. No ano seguinte, o Maracanã não teve a presença do Flamengo. As finais no Uruguai e no Equador também passaram longe de terem equipes da casa em campo. O privilégio estava guardado para um dos maiores palcos do futebol mundial. Na nova final no Rio de Janeiro, o tricolor poderá aplicar o conhecimento íntimo do palco do confronto contra o vencedor de Palmeiras e Boca Juniors.

Assim, o Fluminense jogará sete partidas da atual Libertadores no Maracanã. No formato de sede única com local definido pela Conmebol por meio de processo seletivo e com antecedência, as equipes campeãs das últimas quatro edições jogaram seis vezes como mandantes. Em 2023, o time carioca ganhou quatro partidas e empatou outras duas em casa. Na grande final, o estádio do Rio de Janeiro terá torcida dividida entre tricolores e adeptos alviverdes ou xeneizes.

Mas foi sofrido. Principalmente no primeiro tempo. O Internacional teve maior consistência e saiu na frente com nove minutos, após Mercado aproveitar intervenção errada de Fábio e cabecear para incendiar o Beira-Rio. Bem organizados nos setores do campo, os gaúchos dificultavam o avanço tricolor. A maior posse de bola do time de Fernando Diniz não resultava em chances claras aos cariocas. Cano chegou a colocar uma bola na trave em lance anulado por impedimento.

Obrigado a pelo menos empatar o jogo para forçar os pênaltis, o Fluminense voltou do intervalo modificado e com postura mais ofensiva. O Inter ficou com os contra-ataques à disposição. A postura, porém, não teve efeito prático. O tricolor não ameaçou Rochet e o tempo de jogo no Beira-Rio foi passando. Enner Valencia perdeu duas chances claríssimas de definir a eliminatória. Porém, poucos minutos apoteóticos foram suficientes para o ressurgimento tricolor. Aos 35, John Kennedy saiu livre e deu toque categórico para igualar. O resultado levava aos pênaltis, mas o colorado desligou. Artilheiro da Libertadores, Cano fuzilou Rochet, aos 41, para garantir a virada. Os cariocas se fecharam e impediram sustos até o fim do jogo.

Na busca pelo primeiro título da Libertadores na história centenária, o Fluminense tentará fazer o privilégio raro nos moldes atuais da competição continental virar um grande trunfo para entrar no hall seleto de brasileiros campeões do torneio. A contagem regressiva foi dada. Em 30 dias, o tricolor estará no gramado do Maracanã para tentar alcançar a sonhada Glória Eterna contra Palmeiras ou Boca Juniors. Um possível fim caseiro com detalhes ainda mais mágicos para o sonho de taça inédita.

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