O caso dos dois torcedores do Coritiba acusados de supostamente terem protagonizado gestos racistas durante o clássico Athletiba, do último domingo (1/10) segue sob investigação.
Segundo noticiou o ge.globo, a Delegacia Móvel de Atendimento ao Futebol e Eventos (Demafe) da Polícia Civil do Paraná quer o banimento dos dois agressores. Após terem supostamente feito gestos de macaco, eles foram indiciados no início da primeira semana de outubro e responderão pela acusação na Justiça.
Segundo o delegado da Demafe Luiz Carlos de Oliveira, os investigados seriam impedidos de ter acesso a quaisquer praças esportivas. Os clubes seriam responsáveis por fiscalizar as possíveis punições.
Os acusados alegaram inocência. Um deles, inclusive, é sócio do Coritiba e diz na verdade ter sido vítima de injúria racial. Os nomes, no entanto, não foram revelados.
A Demafe avisou escutou os depoimentos de ambos. Após ouvirem também uma testemunha, a delegação encaminhará o caso para a Justiça. O crime prevê pena de um a três anos de prisão.
"Eles foram indiciados em inquérito, vamos fazer o relatório e remeter à Justiça. Caberá ao juiz e ao Ministério Público (MP-PR) uma condenação exemplar. Eles podem alegar o que quiserem, mas temos um vídeo que mostra o gesto racista", revelou Luiz Carlos de Oliveira durante entrevista coletiva.
Entenda o caso
Na parte final do confronto entre Coritiba e Athletico-PR, no último domingo (1/10), no Couto Pereira, válido pela 25ª rodada do Brasileirão, dois torcedores do time mandante, o Coxa, foram vistos imitando macaco em direção à torcida adversária.
Nas redes sociais, é possível ver vídeos de um apoiador trajado de verde fazendo os gestos próximo ao setor destinado ao Furacão. Atrás dele, outro torcedor também faz o gesto.
O Coritiba divulgou, na última segunda-feira (2/10), uma nota na qual repudia o episódio. "Tais condutas não serão toleradas e são incompatíveis com os valores e a história do clube", diz o texto. Os acusados foram identificados na última terça-feira após ajuda do clube na divulgação de imagens do circuito interno.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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