A casa caiu

Botafogo demite Bruno Lage após pressão e resultados negativos

Português de 47 anos se despede do líder do Brasileirão após 15 jogos, com quatro vitórias, sete empates e quatro derrotas

A dança das cadeiras dos técnicos no futebol brasileiro fez mais uma vítima, desta vez, no líder do campeonato. Bruno Lage não resistiu a sequência de cinco jogos sem vitórias e foi demitido pelo Botafogo nesta segunda-feira (3/10). Apesar de ter sete pontos de vantagem na dianteira do Brasileirão, o português não conseguiu manter o padrão de atuações estabelecido pelo compatriota Luís Castro e ficou na corda bamba. A gota d’água foi o empate por 1 x 1 em casa contra o Goiás na última rodada, quando o treinador optou por barrar o artilheiro Tiquinho Soares.

A decisão de não começar a partida com o camisa 9 entre os titulares pegou mal dentro do elenco, que, segundo o portal ge.com, se reuniu com o empresário John Textor para reclamar da atitude. O proprietário da SAF do alvinegro então tomou para si a escolha sobre a continuidade do português no cargo e preferiu encerrar o vínculo. A multa rescisória é de pouco mais de R$ 4 milhões.

Apesar de ter contrato para permanecer em General Severiano até o final de 2023, a decisão já tem impacto imediato e Lage não comandará a equipe contra o Fluminense na próxima rodada. Assim, o Botafogo vai precisar encontrar um novo nome para ocupar o cargo nos 13 compromissos restantes da temporada e continuar na briga pelo sonhado título brasileiro. Enquanto isso, o ex-jogador Lúcio Flávio será o responsável por exercer o posto de treinador.

Após comandar o Benfica, Benfica B e Wolverhampton, Lage teve o pior desempenho da carreira no Botafogo. Em 15 jogos com o português na beira do campo, o Glorioso venceu quatro, perdeu outros quatro e empatou sete. Se repetisse esse número desde o começo do campeonato, o alvinegro seria apenas o 12º colocado no Brasileirão.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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