Por um triz, o Botafogo não perdeu a quarta partida consecutiva no Campeonato Brasileiro e quase completou um mês somente com derrotas na Série A. Isso graças a Tiquinho Soares. O camisa 9 começou a partida contra o Goiás, nesta segunda-feira (2/10), no banco de reservas do Nilton Santos. Porém, entrou no intervalo, marcou, de fora da área, o golaço do empate por 1 x 1 com os goianos e reforçou o status de decisivo.
Nesta temporada, Tiquinho Soares empilha bolas na rede e justifica o rótulo de artilheiro e referência. Dos 26 gols marcados pelo paraibano de Sousa, seis vieram em momentos extremamente oportunos das partidas, quando o Botafogo empatava ou perdia por um de diferença. Metade dessas colaborações diretas vieram no Campeonato Brasileiro. Foi assim no 1 x 0 sobre Cuiabá e Palmeiras, no Mato Grosso e em São Paulo, e ao marcar o segundo do 4 x 1 contra o Coritiba, no Rio de Janeiro.
Se consideramos assistências, o centroavante se torna ainda mais relevante. Ele também serviu companheiros com passes preciosos em momentos apuros, como no gol do zagueiro Víctor Cuesta aos 20 minutos do segundo tempo, no 1 x 0 sobre o Fluminense, pela sétima rodada. Cinco jornadas antes, colocou Junior Santos e Tchê Tchê em condições formidáveis para abrir e depois decretar a vitória no 2 x 1 sobre o Bahia na Arena Fonte Nova, em Salvador.
Tiquinho volta a marcar após dois meses. Com ele recuperado de lesão, o Botafogo respira e diminui as sequelas da derrota no clássico para o Flamengo em 2 de setembro. Após o clássico, a companhia de General Severiano perdeu para Atlético-MG e Corinthians. Contra o Goiás, arriscou ver a distância para o vice-líder Bragantino ser encurtada para seis pontos. Quando Bruno Lage comandou o time pela primeira vez no Brasileirão, contra o Santos, na 16ª rodada, a equipe tinha 12 de vantagem.
Inclusive, o técnico Bruno Lage foi, ontem, alvo de críticas da torcida. Quando a escalação da equipe foi anunciada no telão e no sistema de som do Nilton Santos, parte dos 34.294 torcedores vaiaram o dono da prancheta alvinegra. O burburinho foi potencializado pela estranheza com a adaptação do volante Tchê Tchê para a lateral-direita e a ausência de Tiquinho Soares nos 11 iniciais do duelo contra o esmeraldino. Ao final do jogo, o português ouviu gritos de "burro" vindo das arquibancadas. Na saída para o vestiário, Bruno Lage aplaudiu as manifestações em tom de ironia.
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