BRASILEIRÃO

Brasileirão de 2024 pode reunir todos os campeões após 23 anos

Última edição com todos os vencedores foi disputada em 2001. Presença de Sport e Guarani no G-4 da Série B anima a CBF, mas falta combinarem com Coritiba e Vasco, ameaçados pela degola

Autor de 10 gols na Série B, Vagner Love é um dos destaques do Sport. O atacante Derek conta as horas para devolver o Guarani à elite nacional

 -  (crédito: Rafael Bandeira/SCR e Thomaz Marostegan/Guarani FC)
Autor de 10 gols na Série B, Vagner Love é um dos destaques do Sport. O atacante Derek conta as horas para devolver o Guarani à elite nacional - (crédito: Rafael Bandeira/SCR e Thomaz Marostegan/Guarani FC)
postado em 09/10/2023 03:55 / atualizado em 09/10/2023 10:20

As possibilidades são remotas, mas a elite do Campeonato Brasileiro pode reunir, no próximo ano, todos os 17 campeões dos 52 anos de disputa. A oito rodadas do encerramento da Série B, Sport Recife e Guarani dão o sprint final para não ficarem de fora da primeira prateleira do futebol do país por mais um ano. Porém, o maior empecilho para a reunião dos clubes mais relevantes do cenário nacional mora no Paraná. Absoluto em 1985, o Coritiba flerta com o quinto rebaixamento. Na porta do Z-4, o Vasco também está ameaçado.

Considerando a era moderna do Brasileirão, desde a implementação do modelo de pontos corridos, em 2003, jamais uma edição reuniu todos os vencedores. No entanto, se fizermos uma viagem no tempo, é possível constatar que, em 2001, os campeões reivindicaram 16 das 28 vagas do torneio. Aliás, foi naquela temporada que o país conheceu o último campeão inédito: o Athletico, de Kléberson, Adriano Gabiru, Kléber Pereira e companhia.

De 1990 até a virada do século, o principal torneio do país testemunhou o fenômeno dos clubes vitoriosos em quatro oportunidades: 1993, 1996, 1997, 2000 e 2001. A partir daí, pelo menos um figurão sempre ficou de fora da festa. Na edição do ano passado, a Série A contou com a participação de apenas 11 campeões, a menor presença registrada nos últimos 32 anos. Grêmio, Vasco, Cruzeiro, Bahia, Sport e Guarani jogaram a segunda divisão.

A realidade do futebol mostra que ostentar um título não basta, é preciso agir como campeão em todas as temporadas. O Guarani busca resgatar o prestígio. Entre os 17 campeões da elite nacional, o clube de Campinas (SP) é o que amarga o maior jejum de participações na Série A. A despedida foi em 2010. Nos últimos 12 anos, oscilou entre a segunda e terceira divisões.

Dos clubes de maior torcida do país, Vasco, Grêmio, Cruzeiro e Botafogo são os que mais colecionam ausência na Série A. O cruzmaltino não participou das edições de 2009, 2014, 2016, 2021 e 2022. O tricolor gaúcho esteve distante em 1992, 2005 e no ano passado. A raposa, porém, amargou a pior sequência, com as três temporadas consecutivas na segundona (2020, 2021 e 2022). Quem vê o glorioso líder com sete pontos de vantagem, talvez não lembre que o time foi carta fora do baralho em 2003, 2015 e 2021.

Cenário

A Série B tem desfecho programado para 25 de novembro. Com 54 pontos, o Sport se aproxima do retorno após bater na trave no ano passado, com a quinta colocação. Nesta segunda-feira (9/10), às 20h, recebe a ameaçada Ponte Preta na Ilha do Retiro. O Guarani tem o mesmo número de pontos e fecha o G-4. Olha o elevador: enquanto Sport e Guarani miram para o alto, o Coritiba teme a queda. O coxa branca é o 19º colocado da Série A, com 20 pontos. Segundo o Departamento de Matemática Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), os paranaenses têm 91,3% de chances de rebaixamento. O leão da Ilha do Retiro e o bugre têm 60,5% e 48,7% de probabilidade de abocanhar a vaga na elite nacional de 2024.

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