Dos 396 pontos marcados pela Seleção masculina de vôlei em quatro rodadas de Pré-Olímpico, 15% vieram das mãos de apenas um atleta. Aos 21 anos, o carioca Darlan Souza se mostra bem à vontade com a disputa no Ginásio Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Oposto da nova geração das quadras brasileiras, ele contribuiu com 61 ações ofensivas bem-sucedidas. Nesta sexta-feira (6/10), a expectativa é atualização nos números no duelo direto contra Cuba, às 10h.
Darlan anotou cinco pontos na estreia contra o Catar e 10 no duelo com a Alemanha. No entanto, as atuações mais eficientes e decisivas foram contra República Tcheca e Ucrânia. O fã de animações japonesas é uma espécie de ninja. Anotou 23 pontos em cada partida contra a dupla do Leste Europeu e liderou a companhia verde-amarela para as vitórias de virada.
Ele é o 14º maior pontuador do torneio que reúne 24 seleções divididas em três grupos na China, no Japão e no Brasil. Gaba-se de 60% de eficiência nas investidas. Versátil, também explora o saque: obteve nove pontos. O bloqueio não costuma ser a dele, mas também entra na estatística geral com um somado. Tudo leva a uma média de 15,25 por partida.
Além do papel tático, Darlan desponta como xodó das arquibancadas. Enérgico, ele é o responsável por transformar o ambiente e fazer valer o "fator casa" para a Seleção Brasileira. "Sinto que é um dos meus papéis ali é chamar a torcida, motivar todo mundo. Posso tomar 50 tocos, que continuo confiante para lutar. Agradeço a todo mundo que está lotando o ginásio para nos apoiar. Essa torcida é fundamental, nos apoiando em momentos decisivos. Isso ajuda muito, as pessoas não têm noção", compartilhou.
Responsável por lapidar Darlan na Seleção, Renan Dal Zotto não poupa elogios ao camisa 28. "Além de ser um grande atacante e um grande sacador, ele tem essa marca dele (de vibrar e chamar a torcida). Então, ele está de parabéns pelo que ele fez nos jogos que teve oportunidade de participar. Ele já vinha mostrando há algum tempo, desde os jogos do Sul-Americano", ressaltou ao portal ge.globo.
A três rodadas do fim do Pré-Olímpico, somente a vitória interessa ao Brasil para conquistar a vaga nos Jogos de Paris-2024. Quarta colocada do Grupo A, a equipe mede forças com a vice-líder Cuba na chave em que apenas os dois primeiros colocados avançam. Além de clássico, é um jogo direto, no qual um tropeço pode dificultar a sequência. O triunfo fará com que a Seleção dependa apenas de si nos duelos contra Irã e Itália.
Caso não consiga se classificar via Pré-Olímpico, a Seleção terá de contar com o ranking da FIVB. A prioridade, porém, é de continentes sem representantes garantidos em Paris-2024. Portanto, o Brasil torce contra a Argentina, terceira colocada do Grupo C do Pré-Olímpico. Se a última chamada para Paris fosse hoje, o Brasil embarcaria com a quinta colocação do ranking Federação Internacional, uma acima dos hermanos.
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