Futebol

Copa do Mundo 2030: edição centenária será em três continentes

Anfitriã da primeira edição em 1930, América do Sul receberá três jogos de abertura no Uruguai, Argentina e Paraguai. Europa e África receberão a maior parte do torneio na Espanha, Portugal e Marrocos

Vista panorâmica do estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai -  (crédito: Divulgação/AUF)
Vista panorâmica do estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai - (crédito: Divulgação/AUF)
postado em 04/10/2023 11:50 / atualizado em 04/10/2023 15:29

"A Copa do Mundo se jogará aqui". Assim a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), anunciou que a América do Sul receberá partidas da Copa do Mundo de 2030, na edição centenária da competição. Tudo começou com um post do presidente da entidade, Alejandro Domínguez, minutos antes de conferência de imprensa, confirmando que o Mundial começa no continente.

Pela forma inicial do discurso antes das perguntas, o executivo falou em uma partição clara das sedes. " Quero agradecer à Fifa que junte três confederações para celebrar esta festa em três continentes e seis países", disse. Assim, há a chance de que os países sul-americanos compartilhem sede com Espanha, Marrocos e Portugal, ainda que caiba à Federação Internacional de Futebol (Fifa) confirmar.

O fator histórico foi o mais fundamental citado pelo presidente da entidade na abertura do evento. “Uma Copa do Mundo de 100 anos não poderia nem deveria estar fora da altura das circunstâncias. Tem muitos motivos para celebrar, festejar, agradecer a quem aceitou essa proposta, esse projeto de tal forma que o centenário começa aqui, no Estádio Centenário. Teremos três inaugurações, na Argentina e também no Paraguai. A Fifa vai dar mais detalhes, mas, por si só, é um feito histórico”, declara.

Inicialmente, a candidatura local contava com o Chile, descartado posteriormente. Ainda assim, a edição centenária da competição poderá ser jogada em três continentes, um feito inédito. “Serão três jogos inaugurais, a Fifa dará mais detalhes, ela tem que fazer mais trabalho para ver os requisitos necessários das cidades que recebem jogos. Na realidade, se pensou inicialmente em Argentina e Uruguai. Depois, com a ampliação da Copa do Mundo, se incluíram Chile e Paraguai, mas (o primeiro) saiu por decisão da Fifa, que define essa proposta. Cabe a nós encontrar algo para este país. Acho que essa é a notícia para o futebol sul-americano, que o Mundial vai ser jogado onde tudo começou”, reitera.

Apesar do sonho de sediar toda a edição, a entidade deixou claro que o peso econômico não alcança para receber o torneio. “É sumamente importante cuidar da consciência coletiva na Fifa no mundo do futebol para termos a oportunidades com as nossas condições. Hoje temos história, mas as Copas do Mundo têm muito investimento. Juntos, conseguimos que o Mundial comece no Uruguai. Daqui, vamos à Europa, onde vai se jogar as finais. Estamos buscando e trabalhando sobre esse formato, além de estarmos comprometidos com essa transparência. Em breve teremos mais detalhes”, anuncia o presidente.

“Não há nenhum estádio mais importante e icônico do que o Centenário no mundo, vamos voltar a jogar na Argentina, que volta a ter uma Copa desde 1978, com outros detalhes que não valem a pena lembrar, e pela primeira vez na história, o Paraguai será sede”, disse os motivos de receber a competição. Esta será a sexta vez em que o Mundial vem à América do Sul, depois de receber as edições de 1930, 1950, 1962, 1978 e 2014.

Alejandro Domínguez diminuiu a chance de mais partidas nas fases agudas serem disputadas no território da Conmebol. Ainda não há a confirmação de quais duelos serão realizados no continente. “De momento, é possível que não, mas as aberturas estão confirmadas. Se fosse uma competição que nossos governos tivessem que se comprometer para ser sedes, seríamos irresponsáveis e tem outros países com melhor condição e menos prioridade. É um tema que deve unir ao continente e em especial aos países envolvidos”, ressalta.

“Devo reconhecer a abertura do presidente (da Fifa, Gianni) Infantino. Entendemos todos que, no momento em que o mundo se disputa tanto, o futebol não poderia ser mau exemplo. Sim, trabalhamos dialogando e, mesmo distantes, podemos fazer uma Copa do Mundo conjunta. Algo que resgatamos no futebol é a solidariedade, é um jogo de equipe. Conseguimos, mas não sozinhos. Nossos colegas entenderam a responsabilidade de relembrar os 100 anos do Mundial, com tudo o que isso significa”, finalizou. Assim, a competição baterá o recorde de países-sede, ao ter mais de três nações, iniciando pela Copa na América do Norte, em 2026.

O presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF), Ignacio Alonso, falou sobre a abertura do campeonato ser realizada em Montevidéu, palco da decisão da primeira Copa do Mundo. “O feito de alcançar isso é uma conquista que transcende os limites do nosso esporte. O futebol tem a marca registrada dos nossos países e do continente. Sem dúvidas há responsabilidades pelas sedes. Gostaria de agradecer ao presidente da nação, Luis Lacalle Pou, por acreditar nisso. Vamos ter o melhor Mundial de todos os tempos, não tenho dúvida”, garantiu.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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