A cada rodada, o Botafogo observa o Palmeiras mais próximo no retrovisor da briga pelo título do Brasileirão. Mas até quanto a ameaça é real, com sete pontos de vantagem e 14 jogos para cumprir? Com as derrotas sofridas em sequência pelo Alvinegro, parece que o campeonato está totalmente aberto. Mas, de acordo com alguns cálculos, o Alviverde deve ter que brilhar se quiser conquistar o décimo caneco.
Isso porque, considerando que a equipe de Abel Ferreira mantenha o mesmo aproveitamento de 61%, basta ao Glorioso vencer todos os seus compromissos como mandante (Goiás, Athletico-PR, Cuiabá, Palmeiras, Grêmio, Santos e Cruzeiro). Isso significaria chegar a 72 pontos, e o Palmeiras bateria entre 69 e 70. Ou seja, mesmo se for derrotado nas outras sete partidas, incluindo os clássicos no Rio contra Fluminense e Vasco, o líder Botafogo levaria o título.
Um fator determinante nesta disputa é justamente o confronto direto entre os times de melhor campanha até aqui. Afinal, o Alviverde visita o Alvinegro em 1º de novembro, em duelo que pode até não acontecer no Estádio Nilton Santos, por conta da agenda de shows. Ambos, aliás, convivem com o mesmo obstáculo logístico em suas casas nesta reta final.
Caso os paulistas vençam, essa simulação poderia ficar empatada. Neste caso, a decisão seria pelo número de vitórias (ampla vantagem do Botafogo, hoje 16 x 12), seguido pelo saldo de gols (atual margem de quatro gols a favor do time de Bruno Lage).
Outro cenário de aproveitamento
Se o Palmeiras seguir o ritmo do returno, até aqui, com 66.6% de aproveitamento (três vitórias, um empate e uma derrota), isso obrigaria a sensação do Brasileirão a pontuar um pouco mais e chegar, ao menos, a 73 pontos. Vale lembrar que o Fogão virou o primeiro turno com os mesmos 51 que tem hoje. Isso significa, portanto, que bastaria fazer um segundo turno com campanha do 15º lugar. O cenário que põe o Alviverde com as mãos na taça é ter um aproveitamento ao menos 20% superior ao rival daqui até o final.