O mundo de olho

Mundial de ginástica artística começa sábado com Rebeca e volta de Biles

Torneio vai ter nova coreografia da ginasta brasileira, retorno do fenômeno estadunidense e vagas olímpicas em disputa

Com novo show e velhas caras, o Mundial de ginástica artística começa neste sábado (30/9) em Antuérpia, na Bélgica, e vai reunir as principais estrelas masculinas e femininas do esporte. A disputa pelo topo do mundo vai esquentar com Rebeca Andrade em busca do bicampeonato e Simone Biles de olho em recuperar o posto após um período afastada. A largada inicial é dos homens, enquanto as mulheres entram em ação na segunda (2/10) e a final acontece apenas no domingo seguinte (8/10).

A competição é a principal da modalidade entre os eventos pré-olímpicos, em especial pela quantidade de vagas atribuídas. Ao todo, 128 lugares para os Jogos de Paris-2024, entre equipes e individual, estarão em jogo durante o Mundial, com o Brasil de olho. Para classificar, é preciso terminar o classificatório entre os nove primeiros da categoria, ou mais baixo caso algum comitê acima já tenha se garantido anteiormente.

De coreografia nova no solo, Rebeca Andrade vai embalar um hit especial em busca da dobradinha. A apresentação abre ao som de “End of Time”, de Beyoncé, segue no ritmo de “Movimento da Sanfoninha”, da compatriota Anitta, e encerra com uma homenagem a “Baile de Favela”, música das conquistas da brasileira nas Olimpíadas de Tóquio-2020 e no Mundial de Liverpool, em 2022.

A trilha sonora com divas do pop foi escolhida a dedo pela ginasta e faz parte do dia a dia da paulista de 24 anos. Desenvolvida pelo coreógrafo da seleção, Rhony Ferreira, e a auxiliar da equipe de ginástica rítmica Bruna Martins, a performance estava protegida a sete chaves para causar surpresa nos juízes e foi apresentada pela primeira vez apenas no treino de pódio desta sexta-feira (29/9), um “ensaio geral” antes da largada da competição.

A estreia oficial está marcada para a partir das 8h de segunda (2/10), com transmissão no SporTV3 e na All Gymnastics TV. As finais também passam no Canal Olímpico do Brasil e na Cazé TV.

Para continuar como o grande nome da ginástica feminina e defender o título, Rebeca vai precisar superar o retorno de uma gigante. Os 1.42m de altura podem enganar, mas o recorde de 25 medalhas colecionadas por Simone Biles em Mundiais passados engrandece ainda mais a volta da estadunidense aos holofotes da modalidade. A última participação da estadunidense no torneio foi em 2019. Desde então, ela esteve afastada para cuidar da saúde mental e competiu novamente apenas esse ano.

 
 
 
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No individual geral, Biles foi ouro em todas as vezes que participou do mundial, inclusive na estreia, aos 16 anos em 2013, também na Antuérpia. Se vencer mais uma, ela se tornará a primeira mulher a ter cinco primeiros lugares na disputa. Apesar da bagagem de Simone e do favoritismo dos Estados Unidos, elas precisaram passar pelo Brasil – e o funk – no caminho.

Além de Rebeca, a seleção brasileira ainda conta com mais nomes conhecidos pelo público, Jade Barbosa e Flávia Saraiva, ao lado de Júlia Soares, Lorrane Oliveira e Carolyne Pedro. Com seis ginastas no total, uma delas precisará ocupar a função de reserva.

Desfalque no masculino

Duas vezes medalhista olímpico – ouro em Londres-2012 e prata no Rio-2016 –, Arthur Zanetti novamente teve problemas e ficou de fora da convocação dos homens. Listado apenas como reserva da equipe, o especialista em argolas sofreu com uma virose e por isso não deve disputar o Mundial. O motivo é o mesmo que o tirou da competição de 2022. Os desfalques não param por aí: Caio Souza (ruptura do tendão de Aquiles) e Tomás Florêncio (dores) também ficaram de fora.

Sem o trio, o time masculino será liderado por Arthur Nory, ao lado de Diogo Soares, Bernardo Actos, Patrick Corrêa e Yuri Guimarães. Em busca da vaga olímpica, as ambições pelo título ficam concentradas no lado oriental, entre China e Japão. Já o foco e as expectativas estão voltadas para Daiki Hashimoto, ginasta japonês atual campeão no individual geral mundial e olímpico.

Parte da subdivisão 1, o Brasil abre o torneio às 5h de sábado.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

 

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