Hoje é o típico dia em que o torcedor do São Paulo adoraria adaptar o hino do clube. Atualizar o trecho sobre as glórias que vêm do passado pela escrita de um novo capítulo vitorioso, com o título inédito da Copa do Brasil se apresenta como maior sonho do técnico Dorival Júnior, do elenco e dos mais de 17 milhões de tricolores espalhados pelo país.
É um momento de rara felicidade para o são-paulino no segundo maior torneio do calendário nacional. Vencer a Copa do Brasil seria a cereja do bolo para o recordista de títulos internacionais do cenário doméstico, com 12 canecos. De 1989 para cá, a equipe da capital paulista disputou 23 edições. Foi à final apenas uma vez.
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Em 2000, tinha Rogério Ceni, Belletti, Edmílson, Marcelinho Paraíba e Raí, mas ficou com o grito de campeão entalado na garganta com a derrota por 2 x 1 para o Cruzeiro no Mineirão, após o empate sem gols na ida no Morumbi. Hoje, a história é diferente. O tricolor chega para o segundo ato do espetáculo com a vantagem e o "fator casa" a favor.
Na Era Dorival Júnior, o time paulista perdeu apenas quatro partidas no Morumbi. A nova identidade dada ao time aproximou clube e torcida. O São Paulo é a segunda instituição esportiva que mais leva torcedores ao estádio, atrás apenas do Flamengo. A média de 43.658 é a maior da história tricolor e deixa para trás o índice de 32.787 espectadores no ano passado.
Se o título ainda não é concreto, há, pelo menos, alguns indícios deles. Nas oitavas de final, sofreu contra o Sport, mas avançou nos pênaltis. Nas quartas, desbancou o bicho-papão dos mata-matas Palmeiras em pleno Allianz Parque. No round entre os quatro melhores, os deuses do futebol reservaram um clássico Majestoso contra o Corinthians, com possibilidade de vencer o arquirrival pela primeira vez na Ne Química Arena. Não deu, perderam por 2 x 1, mas provocaram a reviravolta na volta diante de mais de 62 mil tricolores no Morumbi.
O auge dessa jornada imponente pode ser justamente contra o atual campeão. Existe respeito ao Flamengo, mas a carta na manga, ou melhor, no banco de reservas com a presença de Dorival Júnior, o mentor do tetracampeonato rubro-negro ano passado contra o Corinthians. Caso fature o troféu, o São Paulo será o 17º campeão diferente da Copa do Brasil. Entrará no hall dos três rivais paulistas e se igualará a Fluminense, Sport, Athletico-PR, Paulista de Jundiaí, Santo André e Juventude.
Cinco razões para o São Paulo crer no título
Tirar um duplo peso
O título da Copa do Brasil encerrará os gracejos rivais e brindará os são-paulinos com o primeiro caneco de relevância nacional após o hexa do Brasileiro em 2008, no Gama.
Ambiente leve
Estar com os bastidores tranquilos pode fazer a diferença hoje. O rival está em ebulição com más atuações e crises extracampo. O tricolor aposta na receita do apaziguador Dorival.
Torcida que conduz
Pode ser o primeiro título que a torcida do São Paulo acompanhará de perto desde a Sul-Americana de 2012. Em 2021, o clube faturou o Paulistão durante a pandemia de covid-19
Pintar o "sete"
Lucas Moura jogou 11 temporadas na Europa e elevou o patamar tricolor. É a referência do time e se apega ao retrospecto. Em 2012, o camisa 7 marcou o primeiro gol da vitória por 2 x 0 sobre o Tigre.
Dorival é pé-quente
Dorival tem a chance de se tornar o segundo treinador a faturar duas Copas do Brasil seguidas e repetir Mano Menezes em 2017 e 2018. Pode chegar a três e encostar no líder Felipão, com quatro.
Ficha técnica
São Paulo x Flamengo
Final da Copa do Brasil (volta)
Onde: Morumbi, São Paulo (SP)
Quando: Domingo (24/9), às 16h
Transmissão: Globo, SporTV e Prime Video
Árbitro: Bráulio da Silva Machado (SC)
Prováveis escalações
São Paulo - Rafael; Rafinha, Arboleda, Beraldo e Caio Paulista; Pablo Maia e Alisson; Wellington Rato, Lucas Moura e Rodrigo Nestor; Calleri. Técnico: Dorival Júnior
Flamengo - Rossi; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Pulgar, Gerson e Arrascaeta; Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabriel Barbosa. Técnico: Jorge Sampaoli
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