Futebol

Fifa permite uso de coletor de dados inteligente nas chuteiras

Novidade para jogos oficiais já tem empresa parceira de Manchester City e Benfica e leva formato parecido com uma tornozeleira

Uma nova forma de estudar o futebol foi autorizada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) nesta quarta-feira (20/9). Ainda não batizada, uma cinta que envolve a chuteira conta com um dispositivo pequeno coletará dados dos jogadores a partir dos calçados dos jogadores, sobretudo dos membros inferiores.

O artefato será produzido, inicialmente, pela empresa inglesa Playmaker, que teve a aprovação do International Board, órgão regulatório das regras do futebol. Coube ao Programa de Qualidade da Fifa endossar a autorização do objeto em partidas oficiais. Clubes parceiros da marca britânica, Manchester City e Benfica podem contar em breve com a tecnologia, integrando uma lista com mais de 200 times.

Criado em 2019, o instrumento é uma ferramenta que dará uma outra abordagem para a coleta de estatísticas de um atleta em específico. Performance física e técnica, tempo com a bola, equilíbrio, agilidade no chute, velocidade, distância percorrida, aceleração e mudanças de direção são os pontos fundamentais analisados pela ferramenta.

A própria Fifa deu um parecer sobre as diferenças do novo artefato em comparação a outro coletor de dados utilizado de forma mais recorrente, grudado na parte alta das costas de um jogador. "Ao contrário dos vestíveis, esse produto permite análises mais abrangentes sobre desempenho e disciplinas médicas devido à posição na chuteira a qual gera dados sobre os membros inferiores", relata.

A cinta se mostra uma via acessível para o estudo do jogo para diversas equipes, sendo uma alternativa com custo-benefício positivo para um clube. "Se mostra promissor como uma alternativa econômica para a coleta de dados individuais e coletiva, além de simplificar a análise, assim contribuindo para disponibilizar tecnologias de rastreamento em mais níveis do futebol", indica a entidade.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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