Flamengo

Reunião de Conselho do Fla tem 'parabéns da Xuxa' e confusão

Membros do grupo deliberativo do rubro-negro votaram contra extensão do mandato presidencial em votação nesta quinta-feira (14/9)

O mal momento do Flamengo dentro de campo é replicado fora dele entre os sócios do rubro-negro. O Conselho Deliberativo do Mais Querido se reuniu nesta quinta-feira (14/9) para votar três mudanças no estatuto do clube e terminou em confusão. A votação marcou uma derrota importante para o grupo de Rodolfo Landim, com a rejeição do novo formato de mandato presidencial. O encontro de cartolas ainda teve espaço para gafe na hora do hino, xingamentos e pedidos de recontagem.

O início das sessões já marcou o primeiro problema da noite: ao invés do hino do Flamengo, os alto-falantes tocaram a música “Parabéns da Xuxa”. Do lado de fora, torcedores protestavam contra a atual diretoria com direito a carro de som. Na hora de debater as propostas, duas foram concluídas, mas a outra gerou confusão na Gávea e acabou suspensa.

Uma das principais pautas da noite era a extensão do mandato presidencial de três para quatro anos e único, mas foi rejeitada por unanimidade. Com isso, o modelo de três anos com possibilidade de reeleição segue em vigor. Em resultado contrário, a proposta sobre a exigência de planejamento orçamentário foi aprovada.

O outro assunto de destaque tratava a proibição de sócios com cargos políticos de se candidatarem nas eleições presidenciais e foi o que desencadeou a confusão. A medida afetaria diretamente o ex-presidente do clube Eduardo Bandeira de Mello, atualmente deputado federal e principal rosto da oposição. Quando o veredito de rejeição da emenda foi dado, os sócios favoráveis reclamaram de falta de clareza sobre a decisão.

O presidente do Conselho Deliberativo, Antônio Alcides, propôs uma recontagem de votos, mas foi prontamente vaiado e xingado de “burro” pelos contrários à proposta. Com a situação fora de controle, a definição foi suspensa.

“A emenda foi lida, apreciada, votada e ganhamos de 80% a 20%. Todo mundo viu. O presidente do Conselho declarou o resultado. E aí, foi pressionado com violência, tomaram o microfone da mão dele, e se viu obrigado a anular a sessão. O que era um golpe estatutário, virou um golpe com truculência. Não tinha tanque de guerra porque não dá para entrar, mas vimos um ato de violência para tentar mudar uma decisão democrática”, pronunciou Bandeira de Mello.

Apesar do fim do encontro, os bastidores do Flamengo começam a esquentar nas vésperas da final da Copa do Brasil e antes de um 2024 com eleições presidenciais no clube. Depois de um ano trágico esportivamente, a temporada seguinte promete muita politicagem nos corredores da Gávea e do Ninho do Urubu.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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