Basquete

EUA cai para Alemanha e está fora da Copa do Mundo de Basquete

Alemães dominam rebotes ofensivos e despacham estadunidenses por 113 x 111; americanos não vencem o mundial desde 2015

Caiu o gigante. A Alemanha venceu os Estados Unidos por 113 x 111 na manhã desta sexta-feira (8/9) pela semifinal da Copa do Mundo de Basquete e eliminou os favoritos da competição. A partida com pontuação alta quebrou inúmeros recordes de torneios organizados pela FIBA e marcou a segunda edição consecutiva na qual os estadunidenses se despedem antes da decisão. Com o triunfo, os alemães agora encaram a Sérvia em uma nova final inteiramente europeia após 17 anos.

Os destaques alemães da partida foram por conta de Andreas Obst, cestinha do confronto com 24 pontos e seis assistências, e a dupla da NBA Franz Wagner e Daniel Theis, com 22 e 21 pontos respectivamente. Pelo lado dos Estados Unidos, Anthony Edwards e Austin Reaves performaram em alto nível novamente e contribuíram com 23 e 21 pontos no placar, respectivamente.

Pelo lado negativo, dois nomes merecem a citação: Jalen Brunson e Jaren Jackson Jr. Primeiro, o armador do New York Knicks e titular dos EUA teve impacto negativo em quadra, pois a equipe perdeu por 19 pontos enquanto ele estava em ação, disparado o pior no quesito. Já o ala-pivô do Memphis Grizzlies e atual melhor defensor da NBA, conseguiu apenas três rebotes no jogo apesar de ser o responsável por ter o papel do homem de presença no garrafão.

 
 
 
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O começo de partida teve uma arrancada inicial alemã, mas os estadunidenses recuperaram logo após e o confronto foi de trocação intensa até o intervalo. Na segunda etapa, os europeus controlaram o ritmo de jogo e logo abriram dez de frente. No quarto final, os Estados Unidos esboçaram a reação e reduziram a diferença para apenas um ponto com menos de dois minutos no relógio, porém Dennis Schroder e Andreas Obst colocaram o jogo embaixo do braço e garantiram o triunfo.

A derrota escancarou problemas apresentados pela seleção estadunidense ao longo da competição, a começar pela questão dos pivôs. Em 2014, último título do país, a equipe contava com três jogadores de ofício na posição, enquanto neste ano teve apenas Walker Kessler, que sequer entrou em quadra na partida. Pivô titular dos EUA, Jaren Jackson Jr teve média de apenas 2.8 rebotes por jogo, apenas o 9º melhor do time.

Outra lacuna destacada contra os alemães foi a defesa. A atual edição da Copa do Mundo deu aos Estados Unidos as duas piores derrotas na história em relação aos pontos sofridos. Contra a Lituânia, ainda na segunda fase, os comandados por Steve Kerr sofreram os até então recordes 110 pontos. Nesta sexta-feira, pela semifinal, o número foi superado pelos 113 de Obst, Wagner e companhia. A combinação de resultado fez os norte-americanos se tornarem a primeira seleção desde a modesta Nova Zelândia em 2002 a tomar mais de 110 pontos em múltiplos jogos do mesmo mundial.

Outro lado da chave

Na outra semifinal, a Sérvia venceu o Canadá por 95 x 86 e também se garantiu na decisão. Em grande partida de Bogdan Bogdanovic, com 23 pontos e cotado para ser eleito o MVP do torneio, os europeus mostraram a hierarquia em quadra contra os norte-americanos. Com novo domínio dos rebotes (33x22), os sérvios fizeram os canadenses pagar pela fraqueza no garrafão e carimbaram o ticket para brigar pelo sexto título mundial.

 
 
 
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Recordes da Copa do Mundo estabelecidos no jogo:

  • Primeira vez em que ambos os times marcaram mais de 100 pontos em uma partida de mata-mata
  • Mais pontos cedidos pelos Estados Unidos em um jogo FIBA (113 pontos)
  • Primeira vez em que ambos os times marcam mais de 50 pontos no primeiro tempo de uma semifinal
  • Primeiro tempo com maior pontuação combinada (119 pontos)
  • Mais pontos anotados por um time na semifinal (Alemanha 113 pontos)
  • Jogo com maior pontuação desde 1994, com 224 (último maior foi EUA x Rússia com 228)
  • Estados Unidos são a primeira seleção desde a Nova Zelândia em 2002 a sofrer mais de 110 pontos em múltiplas partidas do mesmo mundial