PRÉ-OLÍMPICO DE VÔLEI

Brasil se apega aos laços com o Maracanãzinho para obter vaga olímpica

Seleção Brasileira disputa o Pré-Olímpico no palco da conquista do ouro nos Jogos Rio-2016. Estreia no torneio que classifica seis seleções para Paris-2024 acontece neste sábado (30/9), às 10h, contra o Catar

A Seleção Brasileira teve um mês de preparação para o Pré-Olímpico após o vice-campeonato sul-americano contra a Argentina -  (crédito: Mauricio Val/FVImagem/CBV)
A Seleção Brasileira teve um mês de preparação para o Pré-Olímpico após o vice-campeonato sul-americano contra a Argentina - (crédito: Mauricio Val/FVImagem/CBV)
postado em 29/09/2023 20:34

Há uma semana, a Seleção Brasileira de vôlei feminino superava o Japão e confirmava presença nas Olimpíadas de Paris, no próximo ano. Agora, a bola e a responsabilidade estão com os homens. Até 8 de outubro, a equipe comandada por Renan Dal Zotto busca uma das duas vagas do Grupo A do Pré-Olímpico, disputado no Ginásio Maracanãzinho, no Rio de Janeiro. Pressionada após sequência de tropeços, a trupe verde-amarela se apega ao "fator casa" para não dar sorte ao azar e ficar de fora dos Jogos na Cidade Luz. A caminhada começa com o duelo contra o Catar, neste sábado (30/9), às 10h.

A última das três medalhas olímpicas da Seleção Brasileira masculina de vôlei foi conquistada justamente na praça carioca, nos Jogos Rio-2016. Além dos membros da comissão técnica, o levantador Bruninho, o central Lucão e o ponteiro Lucarelli são os remanescentes da última vez em que a bandeira do Brasil esteve no lugar mais alto do pódio de uma Olimpíada.

Sete anos depois da conquista, o trio pisa na quadra que os consagrou com um sentimento diferente. A Seleção foi eliminada pela Polônia nas quartas de final da Liga das Nações e teve a hegemonia de 33 títulos do Campeonato Sul-Americano ser interrompida pela Argentina, em agosto, em Recife. Até então, o Brasil havia faturado todas as edições do torneio continental, exceto 1964, vencido pelos hermanos quando os brasileiros ficaram de fora.

O momento, entretanto, pede uma virada de chave do grupo e, claro, um pouco de superstição. "Voltar, com certeza, me remete aos Jogos de 2016. Espero que os anjos do Maracanãzinho, que nos abençoaram com o título em 2016, nos abençoem no Pré-Olímpico e a gente possa ir muito bem e conquistar a vaga para 2024", torce Lucarelli.

Capitão, Bruninho se apega ao apoio da torcida e mostra ansiedade para ter novamente o contato com o público carioca. "A sensação é incrível, com a recordação de momentos que ficaram eternizados. Os momentos mais bonitos da minha carreira foram aqui dentro. Poder sentir de novo essa energia é incrível. A gente espera que o público venha, nos apoie, porque é um grande sonho nosso garantir essa vaga para os Jogos Olímpicos aqui", discursou.

"O Maracanãzinho só traz recordações maravilhosas. A gente teve o auge das nossas carreiras aqui dentro. A gente tinha a torcida a nosso favor, apoiaram o tempo todo, e isso ajudou a gente bastante. É sempre gostoso poder voltar a esse ambiente e recordar o que foi vivido aqui dentro", completa Lucão.

O Brasil conta com uma novidade para o Pré-Olímpico. Responsável por guiar o país a seis pódios consecutivos, entre homens e mulheres, de Atlanta-1996 a Rio-2016, Bernardinho atuará próximo a Renan Dal Zotto como coordenador das seleções masculinas. A função dele é trazer luz para a confirmação da vaga Paris-2024 e, consequentemente, a busca pelo título, e pavimentar o caminho para as gerações que disputarão as edições de Los Angeles-2028 e Brisbane-2032.

Regulamento

O Pré-Olímpico reúne 24 seleções, divididas em três grupos de oito em três sedes — Brasil, Japão e China. As equipes jogam entre si e, ao fim da disputa, os dois primeiros colocados de cada chave carimbam o passaporte para os Jogos de Paris-2024. Ao final do torneio, serão setes classificados, contando com a França, garantida por ser a anfitriã. Mais cinco vagas serão distribuídas na sequência do ciclo, via ranking internacional, com prioridade para países de continentes ainda não confirmados para as Olimpíadas.

A Seleção Brasileira disputa a vaga com Itália, Cuba, Irã, Alemanha, Catar, Ucrânia e República Tcheca. A chave organizada em Tóquio conta com Japão, Sérvia, Turquia, Estados Unidos, Egito, Finlândia, Eslovênia e Turquia. O Grupo C, além dos anfitriões chineses, tem Holanda, Canadá, Polônia, Bélgica, Bulgária, Argentina e México.

Agenda brasileira

Sábado (30/9)
10h Brasil x Catar
Transmissão: SporTV2

Domingo (1º/10)
10h Brasil x República Tcheca
Transmissão: TV Globo e SporTV2

Terça-feira (3/10)
20h30 Brasil x Alemanha
Transmissão: SporTV2

Quarta-feira (4/10)
20h30 Brasil x Ucrânia
Transmissão: SporTV2

Sexta-feira (6/10)
10h Brasil x Cuba
Transmissão: SporTV2

Sábado (7/10)
10h Brasil x Irã
Transmissão: SporTV2

Domingo (8/10)
10h Brasil x Itália
Transmissão: Globo e SporTV2

*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini

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