DF na Libertadores

Empate do Fluminense teve choro, euforia e apoio em Brasília

Torcida tricolor fez a festa no quadradinho durante o 2 x 2 contra o Internacional na partida de ida pela semifinal da Libertadores

Torcida do Fluminense no DF se concentrou em peso para torcer pelo tricolor na Libertadores -  (crédito: Arthur Ribeiro)
Torcida do Fluminense no DF se concentrou em peso para torcer pelo tricolor na Libertadores - (crédito: Arthur Ribeiro)
postado em 28/09/2023 01:57

A quase 1.2 mil quilômetros do Maracanã, onde o Fluminense encarou o Internacional no primeiro passo rumo à final da Libertadores, os tricolores aproveitaram para fazer a festa em Brasília. Cerca de 200 torcedores se reuniram em um bar na Asa Sul para acompanhar o empate em 2 x 2 na partida de ida das semis e compartilharam emoções nos altos e baixos do confronto. Entre a alegria e a tristeza, estava o apoio incondicional ao time das Laranjeiras.

Antes mesmo da bola rolar, a animação já tomava conta em uníssono pelo mesmo pedido: “vamos tricolores, chegou a hora, vamos ganhar a Libertadores”. O grito ganhou ainda mais coro quando o artilheiro Germán Cano abriu o placar logo aos 10 minutos de jogo. No entanto, a empolgação sofreu um banho de água fria com a expulsão de Samuel Xavier e o gol de empate do Inter, perto do final da primeira etapa.

Com um a menos, o Flu viu o Colorado crescer na partida, ter gol anulado e depois virar o jogo com Alan Patrick. A multidão presenciou alguns olhos marejados, mas se o silêncio ameaçava tomar conta com o placar desfavorável, bastava uma ação no campo de ataque para revigorar o apoio. A euforia voltou com tudo quando Cano, mais uma vez, mandou para o fundo das redes e deixou tudo igual em 2 x 2. Gritos saindo do Distrito Federal não faltaram para tentar a virada, mas não deu tempo.

Com a classificação em jogo nos próximos 90 minutos no Beira-Rio, o tricolor deixou o bar Chopp Time de cabeça erguida e confiante para terminar o serviço fora de casa. Ainda com gritos de que chegou a hora de ganhar a Libertadores, o primeiro teste para cardíaco não foi como esperado, mas deixou o tricolor vivo.

A voz da torcida

De volta a uma semifinal pela primeira vez em 15 anos, o empate em casa não freou a empolgação de Vitor Sampaio, uma das lideranças da torcida no DF. “Acompanhei a trajetória inteira do Fluminense na Libertadores em 2008, foi muito marcante pra mim, mas infelizmente perdemos a final para a LDU. A importância de chegar em uma semifinal de novo é que a gente não quer que 2008 se repita. Ainda está engasgado, ainda me arrepio quando falo, porque se tem uma coisa que deixa o torcedor do Fluminense mal e com gosto de que era pra ser campeão, é aquele ano. O importante é que 2008 acabe em 2023, com a gente sendo campeão”, compartilhou.

Para o advogado de 29 anos, a volta no Beira-Rio na semana que vem vai ser difícil, mas confia na alcunha do time de guerreiros para sair de Porto Alegre com a vaga na final. Ele acredita que a busca pelo resultado, mesmo com um a menos, mostrou a garra e o DNA necessários para moldar um vencedor e está otimista, apesar de saber do grande adversário pela frente.

“Se tem um torcedor e um time que não desiste, é o Fluminense. A gente sempre quer um jogo mais tranquilo, mas o tricolor sabe que se não é sofrido não é o Fluminense. Mas não dá para desacreditar, vai ser um jogo difícil e vamos definir no finalzinho para conseguir a classificação”, palpitou Sampaio.

Dependendo do DF, apoio não vai faltar para a previsão de Vitor dar certo. “Me arrisco a dizer, entre torcidas fora do Rio, a do Fluminense em Brasília é uma das mais engajadas. Levamos uma caravana com 50 pessoas para verem o jogo no Maracanã, só não fui por causa do trabalho. Tenho certeza que na volta o bar vai estar cheio de novo. Todos os jogos da Libertadores a gente lotou aqui e vamos lotar de novo, para mesmo de longe estar passando a energia que o Fluminense precisa”, acrescentou.

Otimismo também define o sentimento de Gustavo Albuquerque, 21. Tricolor fanático, o morador da Ceilândia Norte gostou da atuação do time nesta quarta, mas espera um desempenho ainda melhor na volta para trazerem a classificação na bagagem.

“A gente tem esperança que vai ganhar, esse título é nosso, 2023 é nosso. Temos um elenco bom, estamos fazendo uma boa campanha e vamos levar essa. Não vai faltar vontade. Espero que consigam fazer o resultado ainda no primeiro tempo, sem expulsão, sem cair na pilha, e ir pra cima deles. Garanto que aqui em Brasília vamos torcer até o final, acreditar sempre, gritar, pular, cantar e empurrar o Fluminense até o título”, comentou.

Na próxima quarta-feira (4/10), o Correio acompanha a partida de volta pela semifinal da Libertadores junto da torcida do Internacional. O árbitro apita para o confronto derradeiro às 21h30, no Beira-Rio. O vencedor encara Palmeiras ou Boca Juniors na final pela glória eterna.

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