Futebol

Torcedor diz que foi Marcos Braz quem "partiu para a agressão"

Em entrevista sobre o caso, flamenguista diz que apenas havia dito para vice-presidente abandonar o clube, além de relatar memórias na própria versão sobre episódio em shopping do Rio de Janeiro

O torcedor rebateu Leandro Campos rebateu as acusações de Marcos Braz em em entrevista coletiva nesta sexta, no Rio -  (crédito:  Cleber Mendes/Agência O Dia/Rstadão Conteúdo)
O torcedor rebateu Leandro Campos rebateu as acusações de Marcos Braz em em entrevista coletiva nesta sexta, no Rio - (crédito: Cleber Mendes/Agência O Dia/Rstadão Conteúdo)
postado em 22/09/2023 16:14 / atualizado em 22/09/2023 17:50

O entregador Leandro Campos, torcedor do Flamengo envolvido em briga com o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, deu entrevista nesta sexta-feira (22/9). O caso em shopping da Zona Oeste da cidade, ocorrido na última terça-feira (19/9), tem agora as duas versões verbalizadas em público, após os depoimentos de ambas as partes à polícia.

O flamenguista disse que o encontro com o executivo do clube foi casual e que a reclamação foi breve. “Eu estava passeando, trabalho ali. O vi dentro da loja e falei ‘Marcos Braz, sai do Flamengo’. Virei as costas e saí andando. Quando percebi que estava vindo atrás de mim foi porque a lojista gritou: ‘Menino, ele está indo atrás de você’. Ele estava vindo de punho cerrado, virei de frente para ele, dei um passo para trás, ele se desequilibrou e caiu. Puxou minhas pernas e foi o momento que caí também. Ele caiu sobre minha virilha, pegou e me mordeu”, relata.

Em seguida, o adepto disse que um amigo do diretor também o agrediu. A versão de Braz era que a única companhia no momento era a da filha e de mais duas jovens. “Veio um amigo dele e começou a efetuar chutes na minha cabeça. Nesse momento os seguranças do shopping intervieram, o tiraram de cima de mim. A própria moça da loja o tirou de cima de mim também. Em nenhum momento eu o agredi”, declara.

Os discursos também divergiram na questão da presença da filha do gestor, além das cobranças em caso de derrota na final da Copa do Brasil, diante do São Paulo, neste domingo (24/9). “Em nenhum momento o agredi, até porque não tinha como. O amigo dele estava me chutando. Eu trabalho ali e rodo por ali. Passei por ali e o vi. Insatisfeito com o momento do clube, eu falei aquelas palavras que eu já disse”, reiterou Leandro, que negou ser integrante de alguma organizada.

O entregador falou em violência de via única, cometida por parte do vice-presidente após ouvir termos inofensivos. “Não me arrependo porque não fiz nada demais. O agredido fui eu. O problema é que isso está gerando muitos problemas na minha vida, não estou indo trabalhar porque não dá. Estou até com receio de sair na rua para falar a verdade. Sou vítima porque em nenhum momento o agredi verbalmente e nem fisicamente”, disse.

O torcedor declarou que o clube não o procurou, além de declarar a presença de outros flamenguistas que, de acordo com Marcos Braz, também gritavam contra o executivo. “Não dá para sair na rua tranquilo com uma situação dessas. No momento que eu passei, eu estava sozinho. Conheço os demais torcedores presentes porque eles trabalham ali também. São trabalhadores e mototaxistas dali também. Então todos nos conhecemos, mas no momento não sabia que eles estavam lá dentro. Depois que eles apareceram”, conta.

Leandro, assim como Braz, deixou a responsabilidade para a justiça, após a obtenção das imagens em mais de um vídeo, em uma ocorrência que se tornou viral na internet durante a semana. “Vou deixar as imagens falarem por si. Todo mundo vai ver quem é a vítima no caso. Ele não falou em nenhum momento comigo. Ele já partiu para a agressão”, dispara.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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