Como se não bastasse ter completado 100 rodadas sem liderar a elite do Campeonato Brasileiro, o elenco mais valiosos da América do Sul, avaliado em R$ 835,38 milhões, alcançou mais uma marca negativa. Ao empatar sem gols com o Goiás, ontem, na Serrinha, em Goiânia, pela 24ª rodada, o Flamengo amargou a terceira partida sem balançar as redes.
A última vez que o rubro-negro ficou tanto tempo na seca, o técnico era Muricy Ramalho. Em março 2016, a trupe empilhou quatro partidas sem comemorações. Perdeu por 1 x 0 para Confiança (Copa do Brasil), Athletico-PR (Primeira Liga) e Volta Redonda (Carioca). No meio do caminho, empatou com o Fluminense pelo estadual.
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Lá se vão sete anos e meio. O pressionado técnico Jorge Sampaoli carrega o calvário com o qual os 14 antecessores não tiveram de se preocupar. Alguns dos treinadores efetivos que evitaram o transtorno foram Vítor Pereira, Dorival Júnior, Paulo Sousa, Renato Gaúcho, Rogério Ceni, Domènec Torrent, Jorge Jesus, Abel Braga. De 2016 para cá, se passaram 2.734 dias. No período, o clube vazou a meta adversária 981 vezes. A última, em 2 de setembro, no clássico contra o líder Botafogo no tapetinho do Nilton Santos.
Ao não marcar gols e, consequentemente, não vencer o Goiás, o Flamengo se afastou de um retrospecto positivo antes da finalíssima da Copa do Brasil contra o São Paulo, no domingo, às 16h, no Morumbi. Das partidas anteriores que antecederam uma final — segundo jogo ou partida única —, rubro-negro venceu seis. O único “tropeço” foi o empate por 1 x 1 contra o Madureira, pelo Carioca, no esquenta para o duelo contra o Palmeiras, pela Supercopa do Brasil deste ano.
O duelo contra o Goiás foi totalmente apático. A primeira finalização da partida veio apenas aos 22 minutos da etapa inicial, com o centroavante Pedro. O Flamengo chegou a ter 82% de posse de bola, mas não conseguiu converter a superioridade no quesito em oportunidades. Na segunda etapa, os cariocas foram mais agudos com a entrada de Everton Cebolinha. Porém, dos nove chutes dados, apenas dois foram na direção do gol de Tadeu.
A atuação provocou novo capítulo de fúria do técnico Jorge Sampaoli. Se no domingo passado uma das grades de segurança do túnel que leva aos vestiários do Maracanã foi chutada pelo argentino, ontem foi a vez um dos microfones próximos ao banco de reservas rubro-negro sofrer o ataque do comandante.
“O diagnóstico que faço é de que o Flamengo, nos últimos anos, ganhou muita coisa e este ano está complicado. Tivemos um tempo de crescimento, agora o time caiu um pouco. E a pressão é muito grande, então há muito nervosismo. Esse nervosismo passa para o jogo, passa para a maneira de resolver uma jogada, há muita tensão. Acho que isso não ajuda”, discordou Sampaoli sobre as críticas.
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