Futebol

Conheça Luís Felipe de Assis, novo coordenador de futebol do Gama

Em entrevista ao Correio Braziliense, o dirigente responsável pelo quarto lugar do Paranoá no Candangão 2023 conta os planos para atingir o projeto de levar o time alviverde de volta à final em 2024

De camisa branca, ao centro, Luís Felipe de Assis é o novo coordenador de futebol do Gama para a temporada de 2024 -  (crédito: Divulgação/Gama)
De camisa branca, ao centro, Luís Felipe de Assis é o novo coordenador de futebol do Gama para a temporada de 2024 - (crédito: Divulgação/Gama)
Paulo Martins*
postado em 13/09/2023 20:19 / atualizado em 14/09/2023 12:48

O Gama anunciou na noite de terça-feira (12/9) o novo coordenador de futebol profissional. Luís Felipe de Assis, de 39 anos, assume o projeto de voltar às competições nacionais em 2024. Neste ano, ele conduziu a campanha do Paranoá ao terceiro lugar no Candangão. O time esteve a minutos de eliminar o campeão Real Brasília nas semifinais.

A passagem foi a mais notável da carreira do novo gestor alviverde. A contar de 2013, ele trabalhou no Distrito Federal pela Upis e como parceiro do CFZ até chegar ao Paranoá. Também trabalhou em Goiás e fora do país, na Turquia e na Guatemala.

A função estava vaga na nova gestão desde o rompimento entre a Sociedade Esportiva do Gama e a Sociedade Anônima do Futebol (SAF). “Existe o cargo no estatuto (do clube), mas estava vago desde a saída do Paulinho Araújo. O coordenador vai trabalhar no nível tático e operacional. O Luís foi escolhido pela experiência no futebol de Brasília e como um todo, ainda mais depois do resultado que teve com o Paranoá”, diz o presidente Wendell Lopes. A seguir, confira a entrevista do Correio com o novo coordenador de futebol do alviverde.

O que atraiu o senhor na conversa para firmar com o Gama?

Eu me sinto honrado e preparado diante desse grande desafio. Trabalhei muito para chegar até aqui. Darei o meu melhor e o meu objetivo é evoluir com o clube. O projeto que me foi apresentado, de reconstrução, foi crucial para a minha tomada de decisão, como também as pessoas envolvidas nesse processo que vem sendo desenvolvido nos últimos meses pela nova diretoria, pelo Emerson (Santos, diretor das categorias de base) e pelo Zuza Falcão (diretor de futebol). O Gama é o maior do clube do Distrito Federal, tem uma torcida apaixonada e um potencial incrível, basta ser bem gerido.

As expectativas são positivas? Pensa na montagem do time?

As expectativas são as melhores possíveis. A montagem da equipe profissional está em andamento. Estamos eu e o Zuza Falcão trabalhando bastante nesta janela, tentando ser o mais assertivo possível dentro da realidade do clube.

E o Bezerrão? Tende a ser um aliado?

Certamente fará toda diferença. Enfrentei o Gama jogando no Bezerrão e não é cômodo para o adversário. A torcida do Gama é um 12º jogador, uma torcida que, mesmo machucada nos últimos anos, é fiel ao clube e teremos de honrá-la em campo.

O objetivo estabelecido pela diretoria no começo do ano era chegar à final do Candangão e ao Brasileirão. A meta segue para 2024 ou há algo mais ambicioso?

Temos um primeiro objetivo claro: conseguir o calendário de competições nacionais em 2025, então não temos outra opção que não buscar uma vaga à final do Candangão 2024 e posteriormente o título. Entretanto, o futebol não é feito de imediatismo. Necessita-se também de um planejamento institucional e desportivo de médio e longo prazo, que é parte do nosso processo de reestruturação.

Como avalia a passagem pelo Paranoá? Acredita que o trabalho vai render mais frutos?

O Paranoá é um clube que vem numa crescente, que se planeja com antecedência e tem pessoas qualificadas que seguirão com o trabalho. Aprendi muito no clube e pude construir com os demais algo sólido que poderá dar bons frutos. Será um adversário competitivo.

Pode contar ao torcedor gamense como pretende trabalhar?

Eu acredito numa boa gestão de pessoas e de elenco, de se preocupar com quem está jogando e com quem não está jogando. Do cuidado com as pessoas que trabalham no clube. Acredito que gerir pessoas de forma assertiva é a chave para formar um grupo e um clube com uma cultura forte. Do ponto vista técnico, eu acredito que o futebol pede novas ferramentas, seja na análise de desempenho, no mapeamento do mercado. Da minha parte, não faltará dedicação. Farei tudo que estiver ao meu alcance. O Gama é gigante. A torcida merece respeito e estou feliz em fazer parte disso.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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