Lágrimas sentado no banco de reservas ao ser substituído por Matheus Cunha na goleada por 5 x 1 contra a Bolívia, em Belém, pelas Eliminatórias para a Copa de 2026. Gol anulado, em Lima, na vitória por 1 x 0 contra o Peru, e nova saída de campo no segundo tempo, dessa vez para entrada de Gabriel Jesus.
A instabilidade emocional de Richarlison foi tema de matéria do Correio Braziliense no último sábado nas edições online e impressa. Depois da partida contra o Peru, o camisa 9 fez um grito de socorro. Pediu ajuda um divã para lidar com problemas pessoais. Fernando Diniz é formado em psicologia. Exerce a profissão de técnico de futebol, mas está diante de um jogador-paciente.
Os desabafos de Richarlison surpreenderam na passagem pela zona mista do Estádio Nacional pela sinceridade. "Dentro de campo sou um cara feliz, de equipe, tento ajudar o máximo possível. Às vezes, as coisas não acontecem do jeito que a gente quer. Creio que essa parte é um pouco do lado extracampo. Acabou me atrapalhando. Mesmo você querendo fazer as coisas certo, acaba dando errado. Vou continuar focado no clube, a tempestade já passou", diagnosticou.
Richarlison atribui a má fase no Tottenham e na Seleção aos conflitos da vida privada. "Passei por um momento turbulento nesses últimos cinco meses fora de campo. Agora, as coisas já estão certas dentro de casa. Pessoas que só estavam de olho no meu dinheiro saíram de perto de mim. Agora, as coisas vão começar a fluir, tenho certeza de que vou pegar uma sequência boa no Tottenham e fazer as coisas acontecer", projeta.
"Vou voltar para a Inglaterra, buscar ajuda de um psicólogo, para trabalhar a mente. É isso, voltar mais forte. Creio que vou estar na próxima (convocação), vou trabalhar para isso. É pegar uma sequência boa no Tottenham, essa semana vou sentar e conversar com eles, preciso de uma sequência boa, pegar ritmo de jogo e chegar aqui bem", avaliou.
O atacante administra dupla pressão. Substitui Harry Kane no Tottenham e atraiu para si o fardo de dizer que a camisa 9 é dele antes do amistoso contra Guiné sob o comando de Ramon Menezes. Reivindicou o número, mas amarga jejum com ele. "Fiz o gol, infelizmente não valeu. O que importa é que a equipe saia vitoriosa. Estou feliz de voltar a vestir a camisa da Seleção, estar jogando. É importante ter uma sequência boa no Tottenham, essa fase ruim vai passar. Pô, que zica. Mas faz parte do futebol, é continuar trabalhando duro, as coisas vão acontecer novamente para mim. Sei do meu potencial, sei do que sou capaz, é continuar trabalhando forte", analisou.
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