A jogadora espanhola Jenni Hermoso abriu um processo contra o suspenso presidente da Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Luis Rubiales, pelo beijo forçado que recebeu do dirigente na final da Copa do Mundo de 2023, informaram fontes do Ministério Público do país nesta quarta-feira (6).
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A queixa foi apresentada na terça-feira e era fundamental para que o processo judicial pudesse avançar, após o promotoria da Audiência Nacional (ANE) abrir uma investigação preliminar contra Rubiales por "suposto crime de assédio sexual".
A partir de agora a promotoria da ANE apresentará formalmente a sua denúncia contra o dirigente "o mais rapidamente possível", detalharam as fontes.
A jogadora de 33 anos afirmou que se sentiu "vulnerável e vítima de uma agressão" e que para ela o ato foi "impulsivo, machista, inadequado e sem qualquer tipo de consentimento da minha parte".
Recentemente, uma reforma do Código Penal espanhol determinou que um beijo não consensual pode ser considerado agressão sexual, uma categoria criminal que agrupa todos os tipos de violência sexual.
O dirigente provocou indignação internacional desde que beijou, sem consentimento, a jogadora Jenni Hermoso durante a entrega de medalhas após a Espanha vencer a Inglaterra (1-0) na final da Copa do Mundo feminina, no Estádio de Sydney.
Rubiales, que negou sua própria demissão em um polêmico discurso em uma assembleia da RFEF, defendeu poucos dias depois que o beijo havia sido "consentido". Posteriormente, a Fifa o suspendeu de seu cargo por 90 dias.
O Tribunal Administrativo do Esporte (TAD) estuda aplicar processos disciplinares contra Rubiales.
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