O volante inglês Jordan Henderson, ex-capitão do Liverpool e defensor dos direitos dos homossexuais, pediu desculpas à comunidade LGBTQIA+ por ter decidido continuar sua carreira na Arábia Saudita.
O jogador recebeu duras críticas após deixar a Inglaterra para assinar com o Al-Ettifaq e disse que entende a frustração da comunidade em relação a sua decisão, em entrevista publicada nesta terça-feira (5) pelo portal The Athletic.
"As pessoas conhecem a minha visão e meus valores antes da minha saída, e continuam conhecendo agora. Acho que ter alguém com essa visão na Arábia Saudita é algo positivo", argumentou.
"Ver as pessoas criticarem e dizerem que eu lhes dei as costas realmente me magoou", continuou o jogador.
Conhecido por ter usado braçadeiras com o símbolo do arco-íris em apoio às pessoas LGBTQIA+ na Eurocopa disputada em 2021, Henderson advertiu que não irá desrespeitar a religião e a cultura da Arábia Saudita.
O país, onde a homossexualidade é proibida, é acusado de utilizar o esporte para "limpar" sua imagem quanto ao respeito aos direitos humanos.
O Campeonato Saudita de futebol deu um salto de qualidade nos últimos meses com a chegadas de várias estrelas da Europa, entre elas Cristiano Ronaldo, Karim Benzema e Sadio Mané, atraídos por elevados salários.
Henderson, de 33 anos, negou que o dinheiro tenha sido uma motivação em sua decisão e disse que os valores divulgados na imprensa são exagerados.
"As pessoas podem acreditar em mim ou não, mas o dinheiro nunca foi uma motivação na minha carreira, nunca", afirmou.
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