Lutar contra o tempo é um fator indispensável no atletismo. Para Pietra Simões, ser recordista nacional sub-18 nos 100 metros com barreiras era uma questão além do cronômetro, em uma das últimas oportunidades na última faixa etária antes da maioridade. Neste domingo (3/9), porém, a brasiliense de 17 anos conquistou o título nos Jogos da Juventude, em Ribeirão Preto, trazendo para si a melhor marca histórica.
O ouro foi conquistado com uma concorrência dura, diante de uma rival quase recordista. Amanda Miranda da Silva, do Paraná, registrou 13.54 segundos, dois décimos melhor do que a marca de Micaela Rosa de Melo, em 2017. Pietra fez 13.42 segundos e alcançou a meta estabelecida em um ano vitorioso, como já havia confessado ao Correio. O tempo registrado representa a sétima melhor marca do mundo na temporada de 2023.
“Finalmente consegui atingir essa que era minha meta principal e do meu treinador. Estou muito realizada de ver o resultado do esforço do dia a dia aqui na pista, deixando meu legado na categoria”, disse a atleta, em entrevista ao Comitê Olímpico Brasileiro (COB). A atleta do Praia Clube vinha de três medalhas no Mundial Escolar de Atletismo, a Gymnasiade, no final de agosto, no Rio de Janeiro.
A forte forma credencia a candanga a diversas etapas, atropelando o cronograma e forçando a retirada em algumas provas, como conta o técnico e pai de Pietra, Hebert Simões. “Ela estava classificada nos 100 e 200 metros rasos, porque ela foi campeã do Distrito Federal. Aqui, os 200 metros rasos foram entre as semis e as finais 100 metros com barreiras. Tirei ela dessa prova, para correr bem a final”, explica.
Atingido o objetivo, atleta e treinador pensam em retoques para aperfeiçoar a forma na reta final do ano. “Estamos pensando em ranking, havia pedido para a organização tirar a semifinal dos 200 rasos, para não atrapalhar. Não atenderam. Daí ela bateu o recorde do campeonato e nacional, se aproximando do sul-americano. Agora estamos nos preparando para o Ibero-Americano (neste mês, em Lima, no Peru). Ainda tivemos treino de força na Academia da Força Aérea (em Pirassununga), mas foi pouca coisa, algo para que ela chegue a baixar ainda mais esse tempo, depois”, conta o tutor.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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