A Fórmula 2 revelou o novo carro a ser usado na categoria a partir da temporada de 2024 e até 2026. O modelo foi promovido em evento nesta quinta-feira (31/8) no circuito de Monza, palco das principais disputas do automobilismo no final de semana. Com visual mais semelhante ao monoposto da F1, o veículo teve mudanças no nariz, nas asas e no piso para encorajar corridas com os pilotos mais próximos uns dos outros. A versão atual é de 2018 e deveria ter sido aposentado em 2021, mas a pandemia alterou os planos.
A aproximação com o modelo da elite tem o objetivo de melhorar a preparação dos jovens condutores para subir de classe. O veículo está equiparado com os da F1 em termos de segurança, aparência, sistemas, performance, sustentabilidade e acessibilidade, pois agora é melhor adaptado para mulheres.
Os carros da nova geração são movidos por motores V6 Mecachrome turbo de 3,4 litros e um sistema de abastecimento 55% sustentável. Quanto às dimensões, são pouco mais de 5 metros de comprimento e 1,9m de largura. Os sistemas incluem o Safety Car Virtual (VSC) e um Sistema de Redução de Arrasto (DRS) otimizado, ambos potencializados por uma nova unidade de controle de veículo (VCU).
“A F2 constantemente entrega corridas excelentes e atua como um espaço de treinamento para futuros membros do grid da Fórmula 1 e, ao aproximar a filosofia de design de ambos os carros, nós apoiamos ainda mais esse desenvolvimento. O novo carro de F2 também é um símbolo importante para nossa jornada de sustentabilidade, à medida que a série continua a ser pioneira em combustíveis sustentáveis avançados que se tornarão parte da F1 a partir de 2026. Mal posso esperar para ver o carro na pista na próxima temporada”, disse Stefano Domenicali, presidente e CEO da Fórmula 1, em comunicado da categoria.
Bruno Michel, CEO da Fórmula 2, acrescentou mais elogios ao modelo. “Estou muito orgulhoso em apresentar nosso novo carro da F2, que vai correr pelos próximos três anos. Junto da FIA, nós designamos um carro poderoso, desafiador e seguro que irá preparar os jovens pilotos para a F1 e vai continuar proporcionando grandes corridas e muitas oportunidades para ultrapassagens, algo que os fãs esperam da F2”, pronunciou.
O novo carro passou por uma bateria de testes em julho com Tatiana Calderón no volante. O programa ainda prevê novas baterias, inclusive com o brasileiro Felipe Drugovich, atual campeão da F2. Com o avanço para ter mais rodagem, cada equipe receberá um veículo até dezembro e o segundo em janeiro de 2024.
Confira as principais mudanças:
- Asa dianteira: aerodinâmica mais robusta para aproximar os carros
- Nariz: estrutura frontal de impacto com mais absorção de energia e força para resistência
- Chassi: célula de sobrevivência reforçada na frente e nas laterais
- Cockpit: pacote protegido para pilotos entre 1,50m e 1,98m
- Estrutura superior: reforço para aguentar mais força
- Asa traseira: aerodinâmica melhorada para os carros atrás conseguirem correr mais perto
- Redução do esforço de direção impulsionada
- Atualização de estilo para maior semelhança com a F1
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