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Dimitri Payet é apresentado e enche a bola do Vasco: 'É um clube mítico'

Durante apresentação oficial: meio-campista francês agradece aos fãs pelo apoio, elogia São Januário e revela a luta contra o racismo como fundamental na escolha do novo destino

O meio-campista francês Dimitri Payet, novo camisa 10 do Vasco, foi oficialmente apresentado nesta sexta-feira (18/8), em São Januário, como jogador do Cruz-Maltino para a sequência de temporada.

Segundo o próprio jogador, o primeiro francês da história a vestir a camisa do clube carioca, alguns fatores foram determinantes na escolha pelo novo clube, entre eles, por exemplo, a força da instituição na luta por causas sociais, como o racismo.

"Por que escolhi o Vasco? Porque sei que é um gigante e não só no Brasil, mas muito conhecido na França. É um clube lendário e histórico. Conhecemos a história de Romário, Edmundo, Juninho Pernambucano, Dinamite e tem uma questão além, da luta do Vasco contra o racismo. É uma escolha que vai nesse sentido", explicou, após receber a camisa 10 das mãos de Paulo Bracks, diretor executivo, e Lúcio Barbosa, CEO da equipe.

Outro aspecto citado pelo contratado é o ambiente em São Januário. De acordo com ele, o entendimento da atmosfera do local foi outro aspecto que pesou na ida ao Rio, pois, logo após o início das negociações, foi atrás de pesquisar um pouco sobre. Para ele, os ambientes do estádio na Zona Norte carioca e do Velodrome, casa do Olympique de Marselha, são semelhantes.

"Primeira coisa que fiz quando começaram as conversas foi buscar na internet como é o ambiente do estádio. E vi que é excepcional. Quando cheguei ao aeroporto, entendi porque é excepcional. Estádio mítico e gigantesco, construído pelos torcedores há quase 100 anos. É um estádio difícil para os adversários ganharem", avaliou.

"O Marselha e o Vasco são times que enchem o estádio, é raro ver vazio. Essa emoção e peso da torcida fazem a diferença. Em relação à música, meu português ainda não permite entender, mas percebi que falavam meu nome, gostei e espero poder cantar com vocês em breve", completou.

Sobre os ídolos vascaínos, Payet deu mais destaque para o maior deles, Roberto Dinamite. Vestir a camisa 10 do ex-atacante, para o francês, será "uma responsabilidade enorme". "Na minha chegada ao Brasil, já senti muito amor e confiança depositada em mim. No dia de ontem, pude saber um pouco da história de Roberto Dinamite, e como é emblemática e mítica essa camisa 10. É uma responsabilidade enorme, darei tudo de mim com muita garra e força para honrar a camisa 10 de Roberto Dinamite. Muito obrigado", agradeceu.

"Vai ser um grande desafio, com certeza. Sei a pressão e dificuldade. De alguma forma o time do Vasco lembra o Olympique que é um time guerreiro e não está no lugar certo. É uma equipe inteira que dará renovação e esperança", garantiu.

Dimitri foi, como de costume em apresentações de contratações, questionado acerca da função tática que exercerá no clube. Mesmo ao se definir como um camisa 10 à moda antiga, colocou-se, também, à disposição de Ramón Díaz para cumprir quaisquer funções impostas pelo treinador.

"Gosto de jogar com a camisa 10 à moda antiga, aquele meio-campista mais ofensivo, que ajuda, colabora e vai pra frente. Claro que vai depender da comissão e dos treinamentos, mas gosto dessa camisa 10 à moda antiga", afirmou.

A pressão, para Payet, passa longe de ser um tópico delicado. De acordo com ele, as vivências no Olympique foram o suficiente para torná-lo resistente à situações do tipo.

"Sou jogador que gosta exatamente disso, desafios e responsabilidade. Tive a oportunidade de, durante 10 anos, ser o capitão do Olympique de Marselha. Conheço pressão, sei da responsabilidade e estou aqui para cumprir com tudo isso", garantiu.

O CEO da equipe, Lúcio Barbosa, salientou a torcida vascaína pela festa feita para o reforço, e agradeceu à Payet pela escolha pelo Vasco. Além disso, destacou a importância do ano de 2023 para o clube.

"Ano que eternizamos o Dinamite e nosso eterno 10; Gostaria de agradecer todo o esforço da 777 e do Vasco para trazer um reforço à altura do Vasco. Gostaria de desejar boa sorte a Payet e vamos virar esse jogo. Bem-vindo" disse o CEO.

O local onde aconteceu a cerimônia, o Salão de Beneméritos do estádio vascaíno, foi todo decorado com as cores da França para o contratado. O clube, além disso, disponibilizou uma revista especial, desenvolvida pela comunicação do clube e confeccionada para os jornalistas presentes no local, com materiais sobre o atleta e outros europeus que já passaram pelo Vasco.

"A busca pelo craque e camisa 10 foi incessante dentro da janela de contratação e não seria qualquer um que poderia vestir essa camisa 10. A camisa 10 imortalizada pelo maior ídolo do Vasco, Roberto Dinamite, que nos deixou esse ano, Roberto Dinamite. Camisa de Roberto, Edmundo, Juninho Paulista, Ramon, Bismarck, Nenê....Obrigado por ter dito sim ao Vasco e à torcida. A torcida do Vasco merece. Seja bem-vindo", afirmou Paulo Bracks, diretor executivo.