O futebol saudita protagonizou um arrastão no futebol europeu na janela de transferências de verão do Velho Mundo. A Saudi Pro League, principal campeonato nacional do Oriente Médio, começará hoje e terá como carta na manga uma legião de craques vindos das potências do hemisfério norte até o desfecho da competição, em 27 de maio de 2024.
Liderado pelo príncipe herdeiro do país, Mohammed Bin Salman Bin Abdulaziz Al Saud, a potência petrolífera mundial, por meio do Public Investment Fund (PIF) — fundo de investimento soberano —, apoderou-se dos quatro maiores clubes do país: Al-Nassr, Al-Ittihad, Al-Hilal e Al-Ahli. A intenção é colocar o futebol nacional como um dos maiores do planeta bola.
O país virou terra dos galáticos. A carreata começou com Cristiano Ronaldo, transferido ao Al-Nassr no início de 2023. Além dele, chegaram à equipe, craques como Brozovic e Mané. O Al-Hilal, responsável pelo maior montante gasto entre os quatro, com 178 milhões de euros, comprou o brasileiro Malcom, o português Rubén Neves e o senegalês Koulibaly.
O Al-Ittihad convenceu Benzema a deixar o Real Madrid. Além dele, Kanté e Fabinho foram integrados à equipe. O Al-Ahli se reforçou com Mahrez, Mendy e os brasileiros Roberto Firmino e Roger Ibañez.
Segundo o New York Times, o objetivo do governo é viabilizar até US$ 1 bilhão para distribuir as contratações entre os times. Além disso, são donos de 75% do total de cada um dos clubes.
Embora sejam financiados pelo governo, os clubes contam com um processo institucionalizado. Com os caminhões de dinheiro disponíveis para pagar salários recordistas e enormes taxas de transferências, a liga árabe se tornou capaz de superar grandes ligas europeias na janela de transferências.
Segundo dados do Transfermarkt, a liga saudita, com 460 milhões de euros gastos em transferências, só é superada, em todo o mundo, pelas ligas alemã, francesa, italiana e inglesa. Figura à frente da espanhola, esta em sexto lugar. A Saudi Pro League ainda poderá ultrapassar a Bundesliga, quarta colocada no ranking de investimentos. A diferença é de apenas 2 milhões de euros.
*Estagiários sob a supervisão de Marcos Paulo Lima