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Libertadores: artilheiros são esperança para manter sonho vivo

Nenhum deles conseguiu abrir vantagem fora de casa nos jogos de ida contra Bolivar, Argentinos Juniors e River Plate, respectivamente, e jogam a volta como mandantes nesta terça-feira (8/8)

Athletico-PR, Fluminense e Internacional estão em status de urgência nas oitavas de final da Copa Libertadores da América. Nenhum deles conseguiu abrir vantagem fora de casa nos jogos de ida contra Bolivar, Argentinos Juniors e River Plate, respectivamente, e jogam a volta como mandantes, hoje, na obrigação de construírem o resultado para manterem vivo o sonho da Glória Eterna. Para isso acontecer, os três clubes brasileiros depositam a confiança nos pés de capacitados artilheiros. A provável classificação tupiniquim passa, e muito, pelos pés de Vitor Roque, Germán Cano e Enner Valência.

As missões de cada um deles são distintas. Na última terça-feira, o Athletico-PR sucumbiu à altitude boliviana e perdeu para o Bolívar, por 3 x 1. Assim, precisa vencer por três gols de diferença, às 21h, na Ligga Arena, para avançar sem a necessidade dos pênaltis, forçada caso o Furacão ganhe por dois de margem. O Inter caiu de virada para o River Plate, por 2 x 1, e um triunfo de dois tentos de diferença, também às 21h, no Beira Rio, é suficiente para ir às quartas. O empate do Fluminense com o Argentinos Juniors, por 1 x 1, faz qualquer resultado positivo no Maracanã, às 19h, bastar para garantir a sobrevida na Libertadores.

Nas costas do mais novo dos artilheiros, recairá a maior responsabilidade. Promessa em ascensão aos 18 anos, Vitor Roque terá de ser efetivo para comandar a virada do Furacão em Curitiba. Com a necessidade de vencer com boa diferença de gols, o time paranaense deve municiar bastante o principal artilheiro rubro-negro na temporada. Até agora, o camisa nove tem 16 bolas na rede, três delas na atual edição da Libertadores. No entanto, o goleador busca uma referência da última temporada para cumprir a missão do dia. Nas quartas de final de 2022, o Athletico-PR precisava ganhar do Estudiantes na Argentina e contou justamente com Roque para avançar.

Em entrevista recente ao podcast da Libertadores, Vitor Roque definiu aquele jogo como o mais importante da curta carreira. Hoje, ele tem chance de mudar a primeira partida do ranking pessoal com a meta de disputar uma nova decisão de Libertadores — ano passado, foi vice contra o Flamengo. "Fica o gostinho de sempre querer mais. Conseguimos chegar em uma final depois de muito tempo. Nessa Libertadores, não vai ser diferente. Vamos tentar chegar o mais longe possível e focando no título, que é muito importante para nós", destacou.

Por boas lembranças

Dos três possíveis salvadores da pátria desta noite, Germán Cano é quem tem mais experiência com a Libertadores da América. O atacante argentino está na sexta temporada do torneio continental, a segunda pelo Fluminense. Porém, em nenhuma das outras conseguiu ter tanto destaque indidual quanto nesta. São seis gols marcados em seis partidas disputadas, incluindo um hat-trick diante do River Plate. Hoje, contra o Argentinos Juniors, outro time do país natal, terá a chance de aumentar as boas lembranças pessoais na competição.

O atacante, entretanto, aponta para os perigos de disputar vagas continentais contra times compatriotas. "Competir contra os argentinos é um desafio grande. Precisa se impor, pois são jogadores muito bons. São lindas partidas para se desfrutar. A equipe do Argentinos Juniors tem um grande elenco com um estilo de jogo bom. Vi várias partidas e eles têm jogadores muito intensos, dinâmicos, fortes, agressivos... é preciso estar muito bem preparado para ganhar", avaliou o artilheiro, na semana passada, em participação no podcast Papo de Guerreiro, da Flu TV.

Consagrado fora da América do Sul, Enner Valencia é outro em busca das glórias do continente. O atacante colombiano está apenas na quinta Libertadores da longa carreira. Nas quatro anteriores, defendeu o Emelec, mas, curiosamente, não conseguiu marcar nenhum gol. O primeiro deles veio somente na última semana, quando balançou a rede do River Plate com a camisa do Internacional. O lance, inclusive, foi primordial para o Colorado voltar para casa com chance real de se classificar às quartas de final, fase na qual o camisa 13 nunca chegou.

Recém-chegado ao Brasil — foi apresentado oficialmente pelo Internacional em julho —, Valencia teve pouco tempo para assimilar a importância da Libertadores para o clube gaúcho. Entretanto, sabe o valor de brilhar na tentativa de viabilizar uma conquista relavante para o Colorado. "Sabemos que o Inter está há muito tempo sem levantar um título. Temos que trabalhar para isso. Temos uma grande equipe. Estamos em um bom caminho para disputar todos os torneios. Eu sempre vou dar o melhor pelo time e lutar por coisas importantes", prometeu.

Hoje, inclusive, é um dia crucial para todos os artilheiros de clubes brasileiros envolvidos em decisões darem tudo de melhor. Afinal, qualquer chance de classificação passa diretamente pela eficiência deles no gramado.

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