A terça-feira (2/8) de Jogos Mundiais Universitários, em Chengdu, na China, foi um tanto inusitada. Nasra Abukar, atleta de Somália, de 20 anos, foi a escolhida do país para correr na prova de 100m rasos no 10º dia de competição. Até aí, tudo certo. O problema, no entanto, esteve no desempenho da atleta.
Após ter dado a largada com desvantagem expressiva em relação às concorrentes, Abukar finalizou a prova em último, no oitavo lugar, com 21s81, mais de dez segundos atrás da vencedora e medalha de ouro da prova, a brasileira Gabriela Silva Mourão, com 11s58.
Veja o desempenho da atleta:
O desempenho registrado pela africana diz respeito ao pior tempo da história dos Jogos, o que criou suspeitas acerca da escolha da participante como representante do próprio país na prova. No entanto, o caso não passou despercebido no país do chifre africano.
Segundo o ministro de esportes da Somália, Mohamed Barre, a atleta será investigada, assim como a a escolha para a participação na competição. Ainda de acordo com ele, a situação é uma “vergonha” para o país. Entre os detalhes da própria prova, o fator que mais levantou suspeitas é a relação da atleta com a vice-presidente da Federação de atletismo da Somália, Khadija Aden Dahir. A funcionária da CAA é tia de Nasra.
Na conta oficial do Twitter, Elham Garrad, ativista política e influencer somali, publicou uma captura de tela de outra publicação, feita pela vice-presidente da Federação, parabenizando a sobrinha pela ida à competição.
Ela, além disso, fez referência a um comunicado publicado pela própria Federação, que diz não ter escolhido ninguém para competir na prova. Não obstante, fez questão de criticar o “governo incompetente” e apontar que o caso “refletiu mal em nosso país internacionalmente”.
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*Sob a supervisão de Victor Parrini