O Brasil não conseguiu a vitória contra a Jamaica no último jogo da fase de grupos da Copa do Mundo de Futebol Feminino da Austrália e da Nova Zelândia e se despediu da disputa pelo título. Após a eliminação, a lateral-esquerda da Seleção Brasileira, Tamires, comentou sobre a atuação da equipe comandada pela técnica Pia Sundhage e o nervosismo das jogadoras para definir os ataques. A atleta mineira também falou sobre o futuro na seleção.
Em entrevista para o Sportv, Tamires avaliou que a equipe estava tensa para definir as jogadas e marcar o gol que poderia levar a classificação às oitavas de final. “O Brasil foi superior no jogo. É claro que a gente vir para esse jogo tendo que ganhar de qualquer jeito traz um nervosismo maior”, ressaltou a atleta. “O jogo foi acontecendo e a gente não foi conseguindo fazer gol. Fomos ficando mais nervosas ainda”, comentou.
Para Tamires, a Seleção Brasileira buscou o jogo em todos os momentos. “O Brasil lutou até o final. Não fomos felizes nas nossas finalizações, mas vontade nós tínhamos e sabíamos o que fazer dentro de campo. Em muitos momentos, acho que fomos um pouco precipitadas”, avaliou a atuação da equipe verde-amarela.
A lateral-esquerda que atua no Corinthians pontuou a dificuldade de jogar contra a defesa fechada das jamaicanas. “Estavam postadas defensivamente com uma linha de cinco, às vezes com uma linha de seis. A gente ficou tentando achar os espaços, mas não conseguimos furar esse bloqueio”, ressaltou.
Tamires destacou que fica o aprendizado e a lição para a Seleção Brasileira após a eliminação e que o futebol feminino vem crescendo no Brasil. “A gente vem fazendo com que as coisas aconteçam cada vez mais e não podemos deixar parar por um resultado de desclassificação que é uma tristeza enorme para mim e para todas as meninas. O Brasil é muito mais do que isso e temos muita coisa pela frente. Tem muito trabalho para acontecer e que a gente continue com visibilidade e reconhecimento”, comentou a jogadora.
Questionada sobre o futuro da comissão técnica na Seleção Brasileira, Tamires ressaltou que o momento é de esfriar a cabeça, superar a desclassificação e depois pensar nos próximos passos. “Acho que quando se ganha, ganha todo mundo, e quando se perde, também se perde todo mundo. A gente acreditou até o final nessa comissão, estivemos juntas a todo momento”, comentou.
À Cazé TV, a lateral-esquerda acredita que não estará em campo na próxima Copa do Mundo. “Estou com 35 anos já e faer a lateral precisa estar fisicamente muito bem. Sei que com 39 anos jogar uma copa do mundo é mais difícil, mas espero estar de outras formas para ajudar o futebol feminino”, destacou. Para as Olimpíadas de Paris, em 2024, Tamires ressaltou que tentará jogar. “Vou batalhar e trabalhar para que eu consiga estar presente”, pontuou.