Os contrastes entre as duas atuações da Seleção Brasileira nesta Copa do Mundo Feminina indicam a necessidade de um equilíbrio no time verde-amarelo para assegurar a passagem às oitavas de final. Pensando dessa forma, a técnica Pia Sundhage expressou, em entrevista coletiva, como está a equipe na véspera do jogo final do Grupo F, contra a Jamaica, disputado nesta quarta-feira (2/8), no Estádio Retangular de Melbourne, às 7h (de Brasília).
A preparação para o duelo foi pautada na proposta das adversárias, uma das surpresas da competição, com um ponto a mais que as brasileiras. “Estudar a outra equipe é muito importante e passar às jogadoras que tipo de jogo está por vir, também. Um gol muda totalmente, então é claro que estamos preparadas para isso. Vamos rever o que vamos fazer, mas é um bom time. Batalharam contra a França para conquistar um ponto. É um time físico, muito rápido, então é uma coisa que precisamos nos atentar”, explicou Pia Sundhage.
Os altos e baixos nos dois jogos refletiram diretamente no ânimo das brasileiras. “No dia após a derrota contra a França, entramos todas em uma montanha-russa de emoções, mas deixamos isso para trás. Agora, é o tempo e a chance de se preparar para o próximo jogo. 'Juntas' é uma palavra, temos que ter ações por trás das palavras. Eu pergunto isso a elas, o que significa essa palavra para cada uma. Isso é tudo. Sobre essas ações, espero que a gente as faça amanhã”, disse a dona da prancheta.
“Temos algumas jogadoras que nunca tiveram experiência de Copa do Mundo antes. Tomara que, para amanhã, elas tragam essa personalidade brasileira, de ataque, e sejam tão felizes dentro de campo como elas são fora. Usar essa energia. Ao mesmo tempo, ser inteligente e organizado na defesa”, deseja a treinadora. Apenas a vitória classifica o Brasil para as oitavas de final do Mundial. Em caso de empate, a equipe verde-amarela deve torcer para um tropeço da França contra o Panamá, também às 7h desta quarta.
Para seguir no certame, os ajustes no selecionado nacional passam por voltar à criatividade ofensiva e reforçar o sistema defensivo, ao mesmo tempo. “Quando olho para a Seleção, vejo mudanças no estilo de defender. Você pode vencer um jogo e você pode controlar um jogo defendendo bem. Você não precisa ter 60% de posse de bola para vencer um jogo, um bom exemplo disso é o Japão, mas esse não é o estilo do Brasil. A personalidade do ataque virá com uma defesa sólida. Acho que essa foi a principal mudança na Seleção”, anunciou Pia.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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