Tênis

US Open começa hoje com sete brasileiros envolvidos na disputa

Palco do maior número de conquistas do tênis brasileiro, Grand Slam norte-americano começa hoje. Ao todo, sete brasileiros vão às quadras de Nova York sonhando repetir feitos protagonizados por nomes como Maria Esther Bueno

Bia Haddad é o principal destaque do Brasil no US Open. Felipe Meligeni, Luísa Stefani, Ingrid Martins, Marcelo Melo, Rafael Matos e Marcelo Demoliner completam o time tupiniquim no último Grand Slam do ano -  (crédito: Mike Lawrence/USTA)
Bia Haddad é o principal destaque do Brasil no US Open. Felipe Meligeni, Luísa Stefani, Ingrid Martins, Marcelo Melo, Rafael Matos e Marcelo Demoliner completam o time tupiniquim no último Grand Slam do ano - (crédito: Mike Lawrence/USTA)
Danilo Queiroz
postado em 28/08/2023 04:00

Quarto e último Grand Slam da temporada de 2023, o US Open começa, hoje, mais uma edição da centenária competição recheada de história. E, para o Brasil, isso não é diferente. É no torneio de Nova York, nos Estados Unidos, onde o tênis brasileiro mais vezes conseguiu comemorar. Na empreitada até 10 de setembro no piso duro norte-americano, sete jogadores tupiniquins se inspiram nos feitos do passado para protagonizarem novas conquistas verde e amarelas.

Beatriz Haddad Maia (simples e duplas), Luísa Stefani (duplas), Ingrid Martins (duplas), Marcelo Melo (duplas), Rafael Matos (duplas), Marcelo Demoliner (duplas) e Felipe Meligeni (simples) vão ser os responsáveis por representar a bandeira brasileira na América do Norte. O número poderia ser maior, mas Laura Pigossi (simples), Thiago Monteiro e Thiago Seyboth Wild (simples) ficaram pelo caminho nas qualificatórias disputadas durante a semana em Nova York.

Disputado desde 1881, o US Open é um dos torneios de tênis mais antigos do mundo. E lá foi onde o Brasil construiu a história mais vitoriosa em termos de Grand Slam. Ao todo, foram 14 conquistas tupiniquins. A lenda Maria Esther Bueno, por exemplo, tem tetracampeonatos no torneio de simples (1959, 1963, 1964 e 1966) e nas duplas femininas (1960, 1962, 1966 e 1968). Bruno Soares ganhou quatro vezes nas duplas (2016 e 2020 nas masculinas e 2012 e 2014 nas mistas). Thiago Wild (simples juvenil, em 2018) e Felipe Meligeni (duplas juvenil, em 2016) são os outros brasileiros com conquistas em Nova York no currículo.

Na nova edição do US Open, os brasileiros não chegam com status de favoritos em nenhuma das disputas. Porém, há espaço de sobra para surpreender no piso duro norte-americano. Principal tenista do país, líder do ranking brasileiro e 19ª na lista da Associação de Tênis Feminino (WTA, na sigla em inglês), Bia Haddad é a principal esperança do país. Principalmente pelo feito protagonizado em Roland Garros. No Grand Slam de Paris, a paulista chegou até às semifinais. Os resultados consistentes em outros torneios de menor calibre do calendário ampliam a possibilidade de bom desempenho.

Participando pela terceira vez da chave principal de simples, Bia começa a trajetória, hoje, contra Sloane Stephens. O desafio, previsto para começar às 13h15, não é fácil. Além de competir em casa, a norte-americana tem um título do US Open no currículo. A façanha foi conquistada em 2017. A partir de quarta-feira, a brasileira também vai entrar em quadra nas duplas ao lado bielorrussa Victoria Azarenka. O primeiro desafio, com detalhes a serem definidos, será contra as húngaras Timea Babos e Anna Bondar.

No masculino, o Brasil ainda não conquistou nenhum título de simples no US Open. O carioca Ronald Barnes foi quem chegou mais perto, ao alcançar uma semifinal em 1963. Neste ano, a missão será de Felipe Meligeni. O brasileiro vem embalado por duas vitórias contra tenistas argentinos nas qualificatórias. A estreia na chave principal será amanhã, às 12h, contra o japonês Kei Nishikori. Atual número 170 do mundo, ele é uma grande zebra na disputa. Entretanto, a primeira participação em uma chave principal de Grand Slam empolga o paulista de 25 anos.

Trajetória nas duplas

A chave principal de duplas é o caminho mais curto do Brasil para o topo ao longo da história do US Open. As oito conquistas tupiniquins nos torneios masculino, feminino e misto são a prova mais cristalina de tal fato. Em 2023, a disputa terá vários brasileiros em ação. Todos eles vão entrar em quadra no US Open entre quarta e quinta-feira, quando começa a primeira rodada da competição.

Semifinalista de simples em 2021, Luísa Stefani vai competir ao lado da americana Jennifer Brady. A estreia vai ser contra as russas Anna Kalinskaya e Anastasia Pavlyuchenkov. Do outro lado do chaveamento, Ingrid Martins e a bielorussa Lidziya Marozava enfrentam a estadunidense Bethanie Mattek-Sands e a russa e Anastasia Potapova. Ao lado do português Francisco Cabral, Rafael Matos mede forças com os belgas Joran Vliegen e Sander Gillé na primeira rodada. Marcelo Melo e o australiano John Peers duran com o filandês Harri Heliovaara e o australiano Lloyd Glasspool. Com o indiano Yuki Brambri, Marcelo Demoliner fecha a participação brasileira diante dos poloneses Jan Zielinski e Hugo Nys.

Inspirados no passado glorioso de conquistas tupiniquins, os sete tenistas brasileiros começam a trajetória no US Open deste ano dispostos a deixarem as próprias marcas no famoso torneio de Nova York. Referências para isso não vão faltar. Falta, agora, colocar todo o poder do talento em quadra. 

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores através do e-mail: sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação