Força a ser batida no basquete, os Estados Unidos estreiam hoje na Copa do Mundo da bola laranja de olho no título e, principalmente, na redenção. O ouro olímpico em Tóquio-2020 não apagou o desempenho aquém do esperado no último mundial, quando terminaram na sétima posição. Com uma equipe caprichada de jovens talentos, os estadunidenses enfrentam a Nova Zelândia às 9h40, nas Filipinas, para darem um toco na zebra e enterrarem a bandeira azul, branca e vermelha no topo do mundo mais uma vez. O jogo terá transmissão da ESPN e do Star .
Maiores campeões da Copa ao lado da Sérvia (herdeira das medalhas da Iugoslávia), com cinco cada, os EUA confiam na juventude de Anthony Edwards e companhia para garantirem o sexto ouro no peito. O ala-armador de 22 anos é o bola da vez em uma seleção desfalcada de grifes conhecidas, como LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant.
Edwards tende a estar no quinteto titular ao lado de Jalen Brunson, Mikal Bridges, Brandon Ingram e Jaren Jackson Jr. O último foi eleito o melhor defensor da NBA em 2022/23. Eles representam bem o quão nova é a seleção estadunidense no mundial, já que todos têm idade igual ou inferior a 26. A média entre os doze escolhidos para representar o país é de apenas 24 anos e meio. Isso explica a dupla Josh Hart e Bobby Portis, ambos com 28, serem os veteranos do grupo.
Se no elenco de selecionados pode faltar algumas estrelas, na comissão técnica tem de sobra. O grupo é comandado por Steve Kerr, treinador quatro vezes campeão da NBA com a dinastia do Golden State Warriors. Ele assumiu o cargo nacional no lugar de Gregg Popovich, outra lenda do basquete, e aos poucos está implementando o estilo ágil, versátil e com muitos arremessos do perímetro que foram chave do sucesso com a equipe de São Francisco.
A Copa do Mundo também não é uma completa novidade para Kerr. Ainda como jogador, ele foi medalhista de ouro pelos Estados Unidos no mundial de 1986, na Espanha, com direito a vitória sobre o Brasil nas semis. O pomposo currículo quando ainda vestia o uniforme conta com mais cinco títulos da NBA. Em um deles, o de 1997, Steve foi responsável por matar a bola decisiva para a conquista do Chicago Bulls de Michael Jordan.
No papel de principal assistente está Erik Spoelstra. Treinador do Miami Heat de 2008 até a atualidade, ele levou a equipe da Flórida para seis finais da principal liga estadunidense e venceu em duas ocasiões. Descendente de filipinos, Coach Spo, como é chamado, estará "em casa" com a torcida em Manilla.
Completa o "Dream Team" Tyronn Lue, comandante do Los Angeles Clippers. No papel de assistente técnico pela seleção, ele era o regente do Cleveland Cavaliers de LeBron James durante a virada histórica contra o Warriors de Kerr nas finais da NBA de 2016.
Agora os gigantes entram em quadra para ver quem voa mais alto pelo título mundial.
*Estagiários sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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