O meio-campista Lucas Paquetá, do West Ham, se tornou alvo de investigações da Federação Inglesa de Futebol (FA), por suposto envolvimento em apostas esportivas e possíveis violações ao código de leis da entidade. O brasileiro de 25 anos recebeu uma proposta do Manchester City, mas o escândalo emperrou as negociações, segundo o portal britânico Daily Mail.
A ida ao atual campeão da Liga dos Campeões, segundo o jornalista italiano Fabrizio Romano, especialista no mercado de transferências do mundo da bola, está à "beira de entrar em colapso". Os citizens colocaram cerca de 70 milhões de libras (R$ 437 milhões) na mesa do West Ham.
A FA investiga apostas feitas em contas vinculadas a pessoas próximas ao jogador, realizadas em partida em Paquetá esteve em campo. Após a desistência momentânea do Manchester City das negociações, os clubes aguardam a definição das investigações para dar os próximos passos.
Apostas na Inglaterra
Na Inglaterra, a fiscalização diante de situações do tipo é rigorosa. Atletas profissionais são proibidos de entrar no mundo das apostas, mesmo que não estejam envolvidos nos jogos em questão. Recentemente, uma foi punição imposta ao atacante Ivan Torney, do Brentford. Ele infringiu as regras em relação e recebeu gancho de oito meses.
Em 13 de abril, a liga inglesa aprovou a retirada de quaisquer estampas de patrocínios de marcas de apostas nas camisas das equipes. A partir da temporada 2026/2027, todos os clubes deverão ter cumprido com a nova regra. Atualmente, entre os 20 da primeira divisão, sete possuem casas de apostas como patrocinadores masters: Aston Villa, Bournemouth, Brentford, Burnley, Everton, Fulham e West Ham.
Repercussão na Seleção
O suposto envolvimento de Lucas Paquetá com apostas esportivas excedeu respingou na Seleção Brasileira. Após o anúncio da primeira convocação para ciclo da Copa do Mundo de 2026, o técnico interino Fernando Diniz revelou, durante a coletiva de imprensa, ter colocado o nome do meio-campista do West Ham na lista final para o anúncio desta sexta-feira (18/8), mas resolveu tirá-lo em decorrência das investigações. Para o dono da prancheta, não contar com o jogador é uma questão de "preservação".
"Eu sou um cara que acredito que a verdade me protege. O Paquetá estava na lista e não é uma questão de pré-julgamento, é de preservação, de deixar ele resolver essas questões que excedem o futebol", ressaltou Fernando Diniz.
"Tanto para ele, quanto para a Seleção era o mais adequado. A gente precisa de tempo para isso se esclarecer. É um jogador que adoro, embora a gente nunca tenha trabalhado junto. A CBF estará com as portas abertas quando ele conseguir resolver essas questões de última hora", completou o treinador.
*Estagiário sob a supervisão de Victor Parrini
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