A Conmebol incorporou encontrou nova maneira para combater o racismo. Trata-se de um acordo com o Observatório da Discriminação Racial no Futebol. A negociação tomou curso justamente para resolver um problema cada vez maior em competições sul-americanas.
A equipe do Observatório prestará serviços de assessoria técnica para a entidade junto de iniciativas responsáveis por propagar políticas de diversidade, por meio de um plano de alfabetização racial para funcionários e dirigentes da confederação. Além disso, promete acompanhar o andamento das campanhas sobre o tema. A ação tomada pela entidade ocorre justamente durante um momento tenso.
Principalmente contra torcedores e times brasileiros, os casos de racismo explodiram no mundo da bola, com episódios protagonizados tanto por apoiadores quanto por, até mesmo, funcionários de clubes, como foi o caso de Sebastian Avellino Vargas, preparador físico do time peruano Universitario, em partida contra o Corinthians.
Dos 11 casos registrados em 2023 na Libertadores e Copa Sul-Americana, 10 envolveram brasileiros. Segundo Marcelo Carvalho, fundador do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, o intuito é fazer do mundo do futebol um espaço mais inclusivo.
"A Conmebol tem trabalhado para consolidar espaços livres de qualquer tipo de violência, minimizar qualquer expressão de racismo e discriminação no futebol da América do Sul e defender os valores positivos que são a base deste esporte", garantiu Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, em comunicado oficial.
Os crimes ocorrem um ano depois de um endurecimento da entidade máxima do futebol sul-americano contra racismo e injúrias no futebol. Mesmo após o aumento de US$ 30 mil para US$ 100 mil, e o fechamento de setores de arquibancadas em estádios, os casos ainda não cessaram.
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