Voz ativa em pautas sociais, Lewis Hamilton criticou desta vez a ausência de mulheres no grid da Fórmula 1. Sem papas na língua, o sete vezes campeão mundial expressou o descontentamento pela categoria não fornecer a devida atenção ao tema. Para o britânico, o fato não surpreende.
Em entrevista ao jornal Marca, da Espanha, o piloto da Mercedes ressaltou a falta de presença feminina na competição. “Só há homens desde que estou aqui (na F1). E mais, não temos dado importância suficiente ao problema. Definitivamente, não é animador ouvir isso. Não prestamos atenção suficiente ou demos importância à falta de diversidade de gênero na categoria”, disse Lewis.
Apenas cinco mulheres competiram pela F1 ao longo da história. A pioneira, Maria Teresa de Filippis, conduziu uma Maserati em cinco provas oficiais entre 1958 e 1959. A também italiana Lella Lombardi é a responsável pelo melhor resultado feminino, quando conquistou o 10º lugar no GP da Espanha, em 1975, e por ser a única titular de uma equipe (Brabham).
Outros nomes a pilotar na categoria foram Divina Galica, Desiré Wilson e Giovanna Amati, a última a ser inscrita para um prêmio, em 1992. A mais recente a guiar um monoposto na Fórmula 1 foi a colombiana Tatiana Calderón, em 2018, quando fez um teste para a Alfa Romeo.
Em 2023, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) inaugurou a F1 Academy, categoria feminina voltada para a formação de pilotas na base do automobilismo. Ao todo, são 15 condutoras em cinco equipes diferentes. Para a próxima temporada, as montadoras da elite do automobilismo estarão presentes na academia e irão selecionar uma condutora do grid para correr sob suas cores, enquanto as outras cinco terão apoio distinto.
A categoria comandada por Susie Wolff, ex-pilota e esposa de Toto Wolff, diretor da Mercedes, ainda não possui transmissão ao vivo e disponibiliza apenas um clipe de melhores momentos após a corrida.
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