Agora, restam apenas oito times aptos a conquistar a Glória Eterna. Ontem, Olimpia e Racing se juntaram a Palmeiras, Internacional, Fluminense, Bolívar, Deportivo Pereira e Boca Juniors nas quartas de final da Libertadores da América. Apostando nas valências e atentos para resolverem rapidamente os pontos fracos, os participantes das quartas de final estão de olho nos próximos desafios em busca de seguirem no caminho até a decisão. Atual campeão, o Flamengo deus adeus ao sonho do tetra com derrota fora de casa para os paraguaios.
Marcada para as duas últimas semanas de agosto, as quartas de final da Libertadores estão desenhadas com a retomada de um contexto continental há muito tempo não visto. Ao todo, serão cinco países da América do Sul representados na disputa. Maioria, o Brasil conta com três. Argentina, com dois, Colômbia, Bolívia e Paraguai, com uma equipe cada, são as outras nações com o sonho vivo de estar no Rio de Janeiro para disputar a final de 4 de novembro, no Estádio do Maracanã.
Esse contexto supera a diversidade das quartas de final das últimas seis edições da Libertadores da América. Nelas, a maior quantidade de países vivos em uma fase tão aguda da luta pela Glória Eterna foram quatro em 2017, 2019, 2020 e 2021. A temporada de 2022 surge como a mais escassa, quando apenas brasileiros (três) e argentinos se colocaram entre os quatro mais bem colocados da competição continental. Na ocasião, o Flamengo avançou até a decisão e conquistou o tricampeonato. O time rubro-negro, porém, não está mais vivo na disputa de 2023.
Na noite de quinta-feira (10/8), os cariocas sofreram bastante com a força aérea do Olimpia e não aproveitaram a vantagem de 1 x 0 construída no Rio de Janeiro. Se aproveitando da fragilidade flamenguista em uma atuação embasada muito mais pela raça do que pela qualidade técnica, o time paraguaio ganhou por 3 x 1, no Estádio Defensores del Chaco, em Assunção, e se classificou às quartas de final. O Flamengo ainda conseguiu sair na frente, mas sofreu três gols de cabeça e deu adeus de forma precoce à Libertadores.
O técnico Jorge Sampaoli apostou na estratégia de ficar com a bola no pé. Nem por isso, o time rubro-negro teve vida fácil. Com dificuldade de chegar no último terço, os cariocas circulavam bastante em uma área central do gramado. A missão até ficou mais fácil quando Bruno Henrique abriu o placar com sete minutos. Mas o Olimpia reagiu com Iván Torres. Precisando vencer, os paraguaios tentaram atacar, mas pouco assustaram efetivamente. Com espaços, os visitantes enumeraram contra-ataques e até aproveitarem um deles, mas o gol de Gabi foi anulado por impedimento.
Causa da queda
No segundo tempo, o Flamengo conseguiu minutos de tranquilidade proporcionados pelo mesmo recurso de ficar com a bola no pé. Porém, o Olimpia voltou a atacar pelo alto para construir a virada. Ortiz fez o Defensores del Chaco explodir e ampliar a pressão para cima do rubro-negro. Totalmente apático e passivo em campo, o time carioca fez pouco ofensivamente e tomou o terceiro. Outra vez pelo alto, Bruera venceu Matheus Cunha e colocou os paraguaios em vantagem no agregado pela primeira vez. Sem Sampaoli, expulso do banco de reservas, os brasileiros ainda marcaram com Victor Hugo. O lance, porém, foi anulado por impedimento de Gabi na jogada.
A queda do Flamengo com atuação vexatória impediu a realização de um esperado clássico carioca contra o Fluminense. A frustração pela queda de um dos rivais repetiu 2021, quando o tricolor caiu para o Barcelona de Guayaquil e não jogou a semifinal contra o rubro-negro. Se no Brasil não haverá confronto nacional, a Argentina vai cumprir esse papel. Na quinta-feira (10/8), o Racing protagonizou uma virada impressionante no agregado contra o Atlético Nacional, ganhou por 3 x 0, e avançou para pegar o compatriota Boca Juniors.
Agora, os oito clubes vivos na disputa pela Libertadores da temporada de 2023 se concentram apenas no futuro. Nas quartas de final, chegam cientes dos pontos positivos e das situações negativas com necessidade de evolução. Ao mesmo tempo, carregam o forte sonho de pavimentarem o caminho da Glória Eterna e anexarem a tão sonhada plaquinha de campeão na taça.
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