Quando a lateral-direita Lucy Bronze estreou em Copas do Mundo pela Inglaterra, em 2015, a ponta-esquerda colombiana Linda Caicedo tinha apenas 10 anos. Oito primaveras depois, as duas estão com os caminhos cruzados nas quartas de final da nona edição do torneio da Fifa. Elas medem forças no sábado (12/8), às 7h30, no Estádio Olímpico de Sydney, em um dos confrontos mais aguardados do round entre as oito melhores equipes.
- Por que jogadoras da Inglaterra pediram para não jogar Copa do Mundo com calção branco
- Jogadora da Inglaterra quebra recorde ao bater pênalti a 111km/h na Copa
Lucy Bronze desembarcou na Oceania para o terceiro Mundial da carreira. Estreou em 2013 e, hoje, é um dos pilares do esquema tático da técnica Sarina Wiegman e a personificação da evolução das Leoas nas últimas temporadas. Aos 30 anos, se orgulha de ser a melhor lateral-direita do planeta bola. É um reconhecimento, claro, às virtudes defensivas, mas também às características ofensivas. A camisa 2 é figura constante no campo adversário. O mapa de calor do jogo de 120 minutos contra a Nigéria mostra como ela "foge" do papel na primeira linha do 4-3-3 para atuar como ala no 3-4-1-2.
No jogo tenso contra as africanas, obteve 78% de precisão nos passes, ganhou oito das 11 disputas de bola no chão, quatro das oito pelo alto e marcou apenas uma falta. Os números impressionam. E saber dar o bote correto fará a diferença no confronto particular contra Linda Caicedo. O drible e a jogada em velocidade é um dos trunfos da prodígio do Real Madrid. Dos cinco gols feitos pelas Chicas, dois tiveram a assinatura da camisa 18. O mapa de calor da atacante indica a preferência pelo setor canhoto, mas a tendência a jogar pelo meio e, eventualmente, inverter Mayra Ramírez. Isso para abastecer bem Catalina Usme, maior artilheira colombiana, com 52 bolas na rede.
Austrália x França
A balada do futebol na madrugada de sábado também reserva um duelo à parte em Austrália x França, às 4h. Principal estrela das Matildas, a atacante Sam Kerr precisará furar o bloqueio da jogadora de linha mais alta da Copa do Mundo: a zagueira Wendie Renard (1,87m). A defensora, inclusive, foi algoz da Seleção Brasileira com gol que tirou o ponto precioso na fase de grupos.
Sam Kerr entrará em campo com possibilidade de festar história. Apenas uma seleção anfitriã alcançou as finais do Mundial: os Estados Unidos em 1999 e 2003. A trupe francesa, porém, arrisca frustrar os planos das donas da casa e "devolver" a dor de 2019. Afinal, há quatro anos, as Bleus receberam o torneio e caíram justamente nas quartas de final.
"Ser anfitrião, sabemos que pode ser bom ou ruim. Foi isso que a seleção francesa passou em 2019. Pode ser extremamente decepcionante, como foi para a França. Esperamos fazer a Austrália passar exatamente pelo que passamos", disse Hervé Renard.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.