O Palmeiras eliminou o Atlético Mineiro pelo terceiro ano seguido em um mata-mata da Libertadores. Depois de ganhar por 1 x 0 no Mineirão há uma semana, nesta quarta-feira, o time de Abel Ferreira criou oportunidades para sair do Allianz Parque vencedor. Não o fez, mas segurou o empate sem gols com o rival de Minas e assegurou seu lugar na próxima fase.
Garantido nas quartas de final sequencialmente desde 2018, o Palmeiras vai enfrentar o Deportivo Pereira. Estreante em Libertadores, o modesto time colombiano surpreendeu ao eliminar o Independiente del Valle, do Equador, atual campeão da Copa Sul-Americana. Dias e horários das partidas das quartas de final ainda serão definidos pela Conmebol.
Como em 2021 e em 2022, Palmeiras e Atlético protagonizaram dois jogos equilibrados e nervosos. E, mais uma vez, o vencedor foi a equipe paulista, que Palmeiras joga todas as suas fichas na competição continental, na qual busca ser o primeiro clube brasileiro tetracampeão.
Iniciado com sete minutos de atraso devido ao mal estar do bandeirinha Juan Pablo Belatti, que teve de ser substituído pelo quatro árbitro, Pablo Gaston Echavarria, ambos argentinos, o jogo no Allianz Parque se apresentou favorável ao Palmeiras. Apenas o time de Abel Ferreira, com a vantagem adquirida no Mineirão, atacou.
Foram ao menos quatro oportunidade claras que, se bem executadas no primeiro tempo, dariam maior tranquilidade aos anfitriões. Empurrado por sua torcida, o Palmeiras encontrou brechas na espaçada defesa atleticana e não foi às redes graças à ineficiência de seus ataques, sobretudo Artur, que mandou para fora e em cima de Éverson as duas melhores oportunidades da etapa inicial. Antes, o goleiro atleticano havia feito grande defesa em cabeceio de Gustavo Gómez. Dudu, Rony e Gabriel Menino também arriscaram.
O Atlético nada fez senão esticar bolas longas para Hulk, que esteve bem marcado por Murilo. Foram apenas duas finalizações dos mineiros contra dez dos paulistas.
Incomodado com o que viu, Felipão sacou Pavón e Hyoran no intervalo e lançou mão dos ex-são-paulinos Igor Gomes e Patrick. Seu time, com mais meio-campistas, passou a ter mais a bola, mas continuaram frequentes os lançamentos para Hulk se virar, e o Palmeiras permaneceu mais agressivo e perigoso.
Ocorre que todas as decisões ofensivas do time alviverde foram erradas. Dudu, com problemas em sua panturrilha, não foi o Dudu que a torcida idolatra, e Artur, em noite infeliz, continuou perdendo gols.
O Atlético, mesmo em desvantagem, demorou a se lançar ao ataque, e só conseguiu incomodar o Palmeiras, de fato, depois dos 20 minutos. Paulinho, também em noite pra se lamentar, perdeu a melhor oportunidade. Quando ela apareceu, o atacante driblou Weverton e chutou no lado de fora da rede.
O Palmeiras recuou, passou a jogar com três volantes depois que o jovem Fabinho e o colombiano Richard Ríos foram a campo, e se defendeu com competência das investidas dos mineiros. Copeiro, o time paulista avança de fase mais uma vez.
Ao Atlético, resta a disputa do Brasileirão, no qual tem de se recuperar para tentar disputar a Libertadores de novo no ano que vem. Felipão, com a eliminação, continua pressionado.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 0
Weverton; Mayke, Gómez, Murilo e Piquerez; Zé Rafael (Richard Ríos), Gabriel Menino e Raphael Veiga (Fabinho); Artur, Rony e Dudu (Jhon Jhon)
Técnico: Abel Ferreira.
ATLÉTICO-MG 0
Everson; Saravia (Pedrinho), Igor Rabello (Maurício Lemos), Jemerson e Guilherme Arana; Battaglia (Edenílson), Otávio e Hyoran (Patrick); Pavón (Igor Gomes), Paulinho e Hulk
Técnico: Luiz Felipe Scolari
Árbitro: Fernando Rapallini (Argentina).
Cartões amarelos: Gabriel Menino, Rony, Saravia, Gómez, Murilo e Edenílson.
Público: 40.527 torcedores.
Renda: R$ 3.956.406,51.
Estádio: Allianz Parque, em São Paulo
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