COPA DO MUNDO

Quarteto que marcou 10% dos gols da Copa duela pelas quartas de final

Miyazawa (Japão), Roord (Holanda), Bonmatí (Espanha) e Ilestedt (Suécia) comemoraram 15 das 145 bolas na rede nas 56 partidas anteriores do torneio

Victor Parrini
postado em 10/08/2023 03:55 / atualizado em 10/08/2023 10:24
Amanda Ilestedt, Hinata Miyaza, Aitana Bonmat e Jill Roord: as artilheiras da Copa do Mundo Feminina -  (crédito: AFP e Divulgação)
Amanda Ilestedt, Hinata Miyaza, Aitana Bonmat e Jill Roord: as artilheiras da Copa do Mundo Feminina - (crédito: AFP e Divulgação)

Dos 145 gols marcados nas 56 partidas anteriores da Copa do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia, 15 foram anotados pelo quarteto ofensivo responsável por abrir os trabalhos do round entre as oito melhores seleções do planeta bola. Juntas, Miyazawa (Japão), Roord (Holanda), Bonmatí (Espanha) e Ilestedt (Suécia) contribuíram com pouco mais de 10% das bolas na rede na edição mais badalada da versão feminina.

As quatro são as principais candidatas à Chuteira de Ouro da nona versão do principal torneio da Fifa. No entanto, os sonhos de duas delas serão frustrados com o desfecho das quartas de final. Nesta quinta-feira (9/8), às 22h, Espanha e Holanda inauguram a montanha-russa de emoções da nova fase. O único confronto entre europeias opõe as meias Aitana Bonmatí e Jill Roord. Pilar da engrenagem espanhola, Bonmatí tem três gols. Mesma quantidade de Roord com a camisa laranja.

Bonmatí é um dos símbolos do crescente talento dos gramados espanhóis. Desembarcou para a segunda Copa do Mundo da carreira com 25 anos e bagagem de extremo respeito. Volante formada nas categorias de base do Barcelona, a camisa 6 coleciona dois canecos da Liga dos Campeões e quatro campeonatos espanhóis. Em quatro partidas neste Mundial, marcou três gols e serviu companheiras com duas assistências. Os números ilustram o protagonismo em um elenco estrelado com Alexia Putellas, eleita a melhor jogadora do planeta nas últimas duas temporadas, e Jeniffer Hermoso. Na goleada por 5 x 1 sobre a Suíça nas oitavas, Bonamatí colocou duas bolas na rede e foi solidária com dois passes precisos.

Autora de quatro gols nesta Copa, Roord não fica atrás. Aos 26, acumula milhas pelo mundão da bola. Deu os primeiros chutes no Twente até despertar o interesse do Bayern de Munique. Ficou duas temporadas na Baviera antes de arrumar as malas para o Arsenal. Também não demorou a retornar à Alemanha, mas para vestir as cores do Wolfsburg. Nesta temporada, defenderá o Manchester City. Com a seleção, foi campeã da Euro-2017 e vice mundial há quatro anos. Na classificação sobre a África do Sul, deixou a marca ao abrir o placar no triunfo por 2 x 0.

O sextou das quartas de final será comandado por Japão e Suécia, às 4h30 (de Brasília). É um choque entre duas escolas distintas, mas com o latente DNA ofensivo. Nada, ou melhor, ninguém ilustra tão bem as objetividades japonesas e suecas do que Hinata Miyazawa e Amanda Ilestedt. Aos 23 anos, Miyazawa é xodó e principal arma ofensiva do técnico Futoshi Ikeda. A camisa 7 participou dos quatro jogos da equipe até aqui e fez a diferença em três, com cinco gols e uma assistência. O último deles para liquidar a Noruega na vitória por 3 x 1 nas oitavas de final. A baixinha de 1,60m foi revelada pelo Seisa Gakuen, mas estreou profissionalmente em 2019, pelo NTV Beleza. Está, desde 2021, no Mynavi Sendai.

Das quatro artilheiras que desfilaram pelos gramados da Austrália e da Nova Zelândia entre hoje e amanhã, Ilestedt é a mais experiente: 30 anos. Figurinha carimbada nos álbuns das duas Copas anteriores, a presença da camisa 13 na comissão de frente das quartas de final surpreende pelo posicionamento. Ela não joga no ataque. Pelo menos no papel. A sueca de Solvesborg é zagueira, mas costuma de tirar onda de goleadora. Depois do Mundial, reforçará o Arsenal. Antes, defendeu o Paris Saint-Germain, Bayern de Munique, Turbine Potsdam-ALE e Rosengard-SUE.

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