Série D

Ídolo do Caxias, brasiliense Washington lamenta duelo com Ceilândia

Coração Valente tem 67 gols com a camisa do Caxias, enfrentou o Ceilândia quando defendia o Brasília e não fica no muro: em entrevista ao Correio, ele diz para quem vai torcer e planeja ir ao Abadião

Marcos Paulo Lima
postado em 08/08/2023 20:10 / atualizado em 08/08/2023 20:37
Washington entra em campo com a camisa do Caxias no Centenário, em 2011, no jogo de despedida do futebol -  (crédito: Rodrigo Fatturi - SER Caxias)
Washington entra em campo com a camisa do Caxias no Centenário, em 2011, no jogo de despedida do futebol - (crédito: Rodrigo Fatturi - SER Caxias)

Maior artiheiro da história do Campeonato Brasileiro com 34 gols no vice do Athletico-PR em 2004, Washington Stecanela Cerqueira está com o coração valente dividido desde o último fim de semana. Nascido no Distrito Federal, o ex-centroavante é um dos maiores ídolos do Caxias-RS, adversário do Ceilândia nas oitavas de final da Série D.

Washington tem 67 gols com a camisa grená. Começou no Brasília, arrumou as malas rumo ao Rio Grande do Sul para defender o Juventude, mas foi atraído pelo outro lado da força na serra gaúcha. Comandado por Tite e Celso Roth no Caxias, foi vice-artiheiro do time na Série C de 1995. Tinha 20 anos. Marcou cinco dos 15 gols do time no campeonato. Um terço. Na época, aquela era a última divisão do Campeonato Brasileiro.

Secretário de esportes de Sergipe, Washington ficou muito feliz e muito triste ao mesmo tempo com o cruzamento entre Caxias e Ceilândia nas oitavas de final. "Ih, rapaz! Meu coração está muito divido. Fui jogador do Brasília, enfrentei o Ceilândia, mas tenho muito carinho pelo futebol do Distrito Federal. Lamentei muito quando vi esse confronto", conta em entrevista ao Correio Braziliense.

Lamentou, pois Washington não fica no muro. "Vou torcer pelo Caxias. Tenho uma relação forte com o clube. Foi onde comecei. Joguei na base, no time profissional, fui diretor do clube e sou um dos maiores ídolos. Não tenho como fugir disso, mas desejo muita sorte ao Ceilândia", afirmou o secretário de Esportes.

Se pudesse, ele mudaria a história. "É uma pena se enfrentarem nas oitavas de final. Deveria ser nas semifinais. Os dois estariam classificados e eu ficaria em uma situação mais confortável", diz Washington. Caxias e Ceilândia estão a quatro jogos do acesso à Série C. O sobrevivente será submetido às quarts de final contra Patrocinense-MG ou Portuguesa-RJ.

O Coração Valente enfrentou o Ceilândia em duelos das divisões de base. "Foi lá pelos anos de 1989 e 1990, antes de eu ter a oportunidade de mudar para o Rio Grande do Sul e me profissionalizar no Caxias. Tenho algumas lembranças de duelos com o Ceilândia", diz.

A missão no governo de Fábio Mitidieri não permitirá viagem até Caxias do Sul para assistir ao primeiro duelo, domingo, às 16h, no Estádio Centenário, mas ele organiza a agenda para vir ao Distrito Federal no segundo duelo, em 19 de agosto, no Abadião.

"Essa data está boa para mim. Vou ter um compromisso no Rio de Janeiro no dia seguinte, mas dá para passar aí em Brasília para acompanhar o segundo jogo", planeja.

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