Simone Biles "voltou" para a ginástica artística. Mesmo com o início do US Classic, torneio americano de ginástica realizado em Chicago, acontecendo apenas neste sábado, a atleta americana mostrou no treino de pódio, que é quando as participantes testam suas séries no ginásio que vão competir, que não esqueceu nada após quase dois anos longe das competições.
De acordo com um site americano especializado em ginástica artística que está em Chicago para acompanhar o retorno de Biles, o treino desta sexta-feira mostrou que a atleta realmente é, para muitos, a maior atleta que já competiu na modalidade. "A melhor de todos os tempos está pronta para fazer seu retorno para as competições amanhã", explicou o portal.
A americana de 26 anos não entra numa competição desde agosto de 2021, quando defendeu os Estados Unidos nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Na ocasião, Biles não chamou a atenção pelas conquistas, mas por ter desistido de diversas provas, como a final do individual geral, para priorizar sua saúde mental.
Ela alegou que estava sofrendo com "twisties", termo usado no meio da ginástica para explicar a perda de referência espacial sofrida por um atleta na execução de algum movimento qualquer. Não conseguia focar nem se concentrar. A situação poderia colocar em risco sua integridade física ao cometer erros graves em suas apresentações.
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Ao vir a público para explicar a situação, Biles trouxe à tona as discussões sobre saúde mental, um dos assuntos mais comentados ao longo daquela Olimpíada. Havia a expectativa de que a americana quebrasse diversos recordes e marcas históricas da ginástica em Tóquio, o que acabou não acontecendo em razão da decisão da atleta.
A ginasta soma sete medalhas olímpicas, sendo quatro de ouro. A maioria foi obtida nos Jogos do Rio-2016. Na capital japonesa, ela foi prata por equipes e bronze na trave, conquista que a fez empatar em número de medalhas olímpicas na história da ginástica americana com Shannon Miller.
Ao fim daquela edição da Olimpíada, Simone Biles deixou em aberto a possibilidade de se aposentar antes mesmo dos Jogos de Paris-2024. O retorno às competições, neste sábado, abre a possibilidade de que a americana esteja na França, no próximo ano.
Os últimos dois anos foram um turbilhão na vida pessoal da competidora, apesar do afastamento das competições. Ela se tornou uma das maiores defensoras dos atletas na busca por saúde mental e se casou com o jogador da NFL Jonathan Owens - agora um defensor do Green Bay Packers.
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