Campeonato Brasileiro

Para manter o DF do mapa, candangos jogam decisões na Série D

Ceilândia e Brasiliense definem a vida na Série D, hoje, sob o drama de encerrarem o calendário nacional do DF precocemente. Outros seis estados do Brasil vivem as consequências de não terem mais times nas quatro divisões

Danilo Queiroz
Paulo Martins*
postado em 05/08/2023 06:00
Ceilândia e Operário-MT em campo pela oitava rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira (14/6) -  (crédito: Mateus Dutra/Ceilândia)
Ceilândia e Operário-MT em campo pela oitava rodada da Série D do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira (14/6) - (crédito: Mateus Dutra/Ceilândia)

O futebol da capital está sob ameaça. Mesmo com dois representantes na segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro, o Distrito Federal vê no risco de eliminação de Brasiliense e Ceilândia um fim precoce do calendário de competições nacionais ainda na primeira semana de agosto. O temor é reforçado pelas derrotas do Jacaré e do Gato Preto nos jogos de ida contra Athletic-MG e Vitória-ES. Hoje, os candangos precisam reverter desvantagens para não colocarem o cenário local no desagradável hall onde estão outros seis estados.

Acre, Amapá, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e Tocantins adentraram no cenário sem jogos nacionais ao caírem na primeira fase da Série D do Brasileirão no penúltimo fim de semana de julho. Agora, vão voltar a medir forças contra times de outros estados apenas em abril de 2024, quando a próxima edição da quarta divisão deve começar. Se não passarem por Athletic-MG e Vitória-ES, Brasiliense e Ceilândia darão o mesmo destino ao Distrito Federal. Um contexto negativo, mas muito conhecido nos últimos 10 anos.

Um dos grandes calendários de um candango a nível nacional aconteceu em 2013, quando o Brasiliense jogava a Série C do Brasileirão, mas acabou rebaixado. O último jogo foi a derrota para o Cuiabá, em outubro. Em 2014, ocasião na qual quase subiu, o Jacaré jogou até o mesmo mês. Em 2018 e 2019, o ano candango finalizou em junho. Em 2017 e 2022, a agenda findou em julho. Em 2016, se estendeu até agosto. Setembro decretou o fim em 2015 e 2021. Em 2020, temporada afetada pela pandemia da covid-19, os times locais pararam três meses antes do encerramento da quarta divisão.

mapa esporte
mapa esporte (foto: editoria de arte)

A hora da virada

Para não sofrerem do mesmo mal em 2023, os candangos precisam protagonizar epopeias. O Ceilândia perdeu a ida para o Vitória-ES, por 1 x 0, no sábado passado. Com isso, hoje, às 15h30, no Abadião, o Gato Preto tem a obrigação de ganhar por, pelo menos, dois gols para seguir de forma direta. A vitória por margem de um leva a decisão aos pênaltis. Qualquer outro placar elimina os alvinegros.

O caso do Gato Preto ainda traz uma curiosa situação de vida ou morte. Como o Espírito Santo só tem o Vitória-ES como sobrevivente na temporada de 2023, o eliminado deixará a unidade da federação ausente de forma precoce de qualquer disputa nos certames brasileiros até o próximo ano. No caso do Distrito Federal, a esperança ainda recai sobre o Brasiliense. Mas a situação é ainda mais complexa.

Classificado na última rodada da fase de grupos, o Jacaré enfrentou o Athletic-MG, no Serejão, em Taguatinga, e caiu por 2 x 0. A volta no Estádio Joaquim Portugal, em São João del Rei, no interior mineiro, hoje, às 15h, tem uma proposta dura para o time candango: igualar o saldo de gols fora de casa contra uma das melhores equipes da competição ou golear para avançar. Qualquer outro resultado decreta o fim.

*Estagiário sob a supervisão de Danilo Queiroz 

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