Libertadores

Bruno Henrique dá vitória ao Flamengo no primeiro round contra Olimpia

Parceria com Gabigol funciona e Bruno Henrique usa a cabeça para garantir a vitória nas oitavas da Libertadores. Resultado garante a vantagem do empate ao time carioca no duelo de volta, em Assunção

Agência Estado
postado em 03/08/2023 23:52 / atualizado em 03/08/2023 23:55
Bruno Henrique comemora com a magnética: cada vez mais decisivo na volta ao time titular -  (crédito:  AFP)
Bruno Henrique comemora com a magnética: cada vez mais decisivo na volta ao time titular - (crédito: AFP)

O Flamengo cumpriu seu papel de abrir vantagem sobre o Olimpia e jogará pelo empate no Paraguai na volta das oitavas de final da Copa Libertadores, na próxima semana. Em jogo bastante truncado e com os visitantes postados totalmente na defesa, um gol de cabeça de Bruno Henrique no começo do segundo tempo definiu a vitória por 1 x 0 no Maracanã.

Depois da partida, o técnico argentino Jorge Sampaoli falou sobre a crise envolvendo o centroavante Pedro e o preparador físico demitido Pablo Fernández. O profissional deu um suco na cara do jogador depois da vitória por 2 x 1 contra o Atlético-MG no sábado passado. "Ele é meu atleta, tenho que protegê-lo". afirmou. O camisa 9 cumpriu punição imposta pela diretoria por ter se recusado a aquecer e voltará no fim de semana contra o Cuiabá pelo Campeonato Brasileiro. 

Nome de confiança de Jorge Sampaoli desde o retorno após recuperação longa de cirurgia no joelho, Bruno Henrique ainda poderia ter feito outro belo gol no fim, mas mandou raspando. Os paraguaios, apesar da postura defensiva, ainda acertaram o travessão duas vezes.

Foi o primeiro jogo do Flamengo depois da confusão entre Pedro e o preparador físico Pablo Fernandez. O atacante cumpriu punição da diretoria por causa da confusão de sábado que resultou na demissão do auxiliar de Sampaoli, e foi desfalque no Maracanã. O atacante se recusou a aquecer na visita ao Atlético-MG e acabou agredido pelo profissional argentino nos vestiários com tapas e um soco no rosto. Perdeu a partida e teve descontados 5% de seu salário.

Além do camisa 9, o técnico Jorge Sampaoli ainda não pôde utilizar Filipe Luís e Léo Pereira. Lateral e zagueiro foram cortados dos relacionados por causa de dores musculares. Allan ganhou a posição de Thiago Maia como primeiro volante. Do mais, a formação considerada titular dos últimos jogos.

O histórico duelo sempre foi regado a muitos gols, o que deixava a torcida rubro-negra no lotado Maracanã confiante em um grande resultado para evitar pressão desnecessária na volta, daqui uma semana - o Flamengo fez 5 a1 no último encontro em casa, por exemplo. Aliado a isso, a série de 13 vitórias seguidas no palco pela Libertadores e a crise no time paraguaio, sem ganhar desde junho e com cinco desfalques.

Os primeiros minutos, contudo, foram de pouca bola rolando e muita truculência. Allan levou cartão amarelo com somente um minuto. Os paraguaios também amarravam bastante o jogo, com trombadas e sempre deixando um flamenguista no chão. A torcida se irritava com tantas faltas sem resposta do árbitro, que "deixava" o Olímpia bater. O clima ficou quente e uma confusão generalizada paralisou o jogo aos 21 minutos.

Encontrando enorme dificuldade para entrar na área, o Flamengo demorou a levar perigo. As primeiras chances foram em chutes dos laterais Wesley e Ayrton Lucas de longa distância. Os cariocas tinham a bola e não sabiam o que fazer. Gabigol até escanteio cobrou, em demonstração que algo estava errado. Tudo poderia ser pior se a bomba de González não explodisse no travessão.

O alívio veio no começo da etapa final. Gabigol mandou na cabeça de Bruno Henrique e a parede defensiva acabou superada. Gol para abrir o jogo. Logo depois, os paraguaios reclamaram de pênalti em toque de mão de David Luiz. O VAR não viu lance intencional. A partida até então truncada melhorou, mesmo, com os visitantes ainda ressabiados em sair de trás. Perder por um gol de diferença ainda não era ruim.

A dificuldade que o Flamengo tinha em entrar na área nos 45 minutos iniciais já não existiam mais. A todo momento um jogador era encontrado em condições de ampliar o placar. Um pouco de calma e pontaria e o segundo gol sairia logo. Arce conversava com seus comandados para tentar ajustar a marcação. Já Sampaoli pedia para todos avançarem. Gerson e David Luiz pararam em Espínola. Bruno Henrique também teve chance de ampliar, assim como os paraguaios chegaram perto do empate com nova bola na trave, desta vez de Quintana. Mas o resultado mínimo foi confirmado.

FICHA TÉCNICA

FLAMENGO 1

Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, David Luiz e Ayrton Lucas; Allan (Thiago Maia), Gerson, Arrascaeta (Everton Cebolinha) e Everton Ribeiro (Victor Hugo); Bruno Henrique e Gabriel Barbosa. Técnico: Jorge Sampaoli

OLIMPIA 0

Espínola; Alejandro Silva (Salazar), Romaña, Gamarra e Zabala; Ortiz, Gómez (Martínez), Cardozo (Diego Torres) e Ivan Torres; Fernández (Quintana) e González (Montenegro). Técnico: Francisco Arce.

Gol: Bruno Henrique, aos 2 minutos do segundo tempo.

Árbitro: Darío Herrera (Argentina)

Cartões amarelos: Allan e Bruno Henrique (Flamengo); Torres, Salazar, Ortiz e Fernández (Olimpia).

Público: 60.898 pagantes (67.066 presentes)

Renda: R$ 3.616.415,75

Estádio: Maracanã, no Rio.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação