O empate em 0 x 0 contra a Jamaica nesta terça-feira (2/8) representou a eliminação do Brasil da Copa do Mundo feminina. A treinadora sueca Pia Sundhage foi apontada como uma das vilãs pelo resultado, especialmente pela demora para fazer mexidas na equipe. A zagueira Rafaelle, uma das capitãs da seleção brasileira, analisou o futuro da comissão técnica.
“Eu acho que temos que pensar o que é melhor para o futebol feminino. Se tiver alguém com mais condição, com mais qualidade, o futebol feminino merece isso”, disse a defensora em entrevista ao ge.globo na zona mista.
Apesar de precisar apenas de uma vitória simples, a equipe verde-amarela não conseguiu furar a defesa jamaicana e se despediu da competição. Rafaelle explicou a dificuldade do Brasil em armar jogadas ofensivas e conseguir fazer o gol.
“No segundo tempo a gente acaba entrando meio que no desespero pra fazer o gol. Mas o que eles pediram no intervalo foi que a gente trabalhasse mais a bola no meio, usasse as duas volantes, mas como a Jamaica tinha muita gente atrás ficava difícil a gente virar a bola. Infelizmente a gente acabou se descontrolando, não conseguiu achar o gol e o tempo vai passando. Por mérito delas, elas defenderam bem a proposta que elas vieram pro jogo e conseguiram. Mérito delas que estão nas oitavas agora”, lamentou a defensora em entrevista pós-jogo ao SporTV.
O Brasil entrou em campo para a última partida da fase de grupos precisando da vitória após ter perdido para a França no jogo anterior. A derrota para as europeias veio em um erro defensivo na bola parada e complicou a situação brasileira na competição. Porém, Rafaelle defende que não dá para culpar a eliminação apenas nesse confronto.
“Agora é difícil de analisar, porque ainda está tudo recente. Eu estou triste, é um sentimento difícil pra descrever, agora então ainda não sei explicar. Eu acho que o jogo de hoje a gente precisava ter ganhado. O jogo que passou contra a França já passou, a gente não podia ficar lamentando aquilo que aconteceu. Infelizmente a gente deveria ter feito gol hoje, a gente não fez, mas eu acho que foi mais por esse jogo do que foi pelo jogo da França”, disse ao SporTV.
Saiba Mais
Aos 32 anos, a zagueira faz parte de um grupo de transição entre a velha e a nova geração. Uma das líderes da equipe, Rafaelle definiu seu papel no grupo e reforçou os próximos passos da Seleção Brasileira após a eliminação.
“Em primeiro lugar quero agradecer a todo mundo. Acho que independente do resultado, todo mundo estava dando o seu máximo. Infelizmente a vitória não veio, mas é só agradecer as meninas, principalmente as mais novas agora que entraram, se dedicaram. Mas agora é pensar no ano que vem, na Olimpíada. A gente tem um ano pra se preparar e colocar a cabeça no lugar, corrigir o que precisa, e ir melhor e mais preparada para a Olimpíada”, encerrou à emissora.
Com o empate contra a Jamaica, a Seleção Brasileira termina o Grupo F na terceira posição e está eliminada da Copa do Mundo. Em três jogos, o Brasil teve uma vitória, um empate e uma derrota, com cinco gols marcados e dois sofridos. Esta é apenas a terceira vez que o país é eliminado na fase de grupos. As outras ocasiões foram nos mundiais de 1991 e 1995.
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