A Seleção Brasileira adota tom otimista para o jogo deste sábado (29/7), às 7h, diante da França, no Suncorp Stadium, em Brisbane, pela segunda rodada do Grupo F da Copa do Mundo Feminina. A sensação de estar em casa, com a partida na cidade que virou QG brasileiro na primeira fase, conforta ainda mais a trupe ensaiada por Pia Sundhage.
Entretanto, o retrospecto contra as francesas pode causar instabilidade. São 11 jogos contra as Bleus, com seis vitórias e cinco empates. "Há sempre um histórico quando você joga contra um time. E quanto mais tempo você joga, mais perto você chega da vitória. Temos uma oportunidade. Tento comparar 2019 com agora, está muito diferente. Quando eu observo a equipe, elas estão alegres, confiantes e acreditam que é possível. Este é o momento para jogarmos um ótimo futebol e vencer o jogo", acredita Pia Sundhage.
O período de preparação foi positivo para encarar as algozes da edição passada, quando a equipe da casa tirou as brasileiras nas oitavas de final, em Le Havre, na prorrogação, por 2 x 1. "Enfrentar a Inglaterra, vencer a Alemanha, Chile e Panamá, nos dá confiança. A cada gol marcado, ganhamos confiança. Procuramos criar uma atmosfera de 'este é o momento'. Então, esta é a nossa oportunidade neste jogo específico contra a França", relata a dona da prancheta.
A evolução no ciclo e nos ajustes fundamentais do jogo, satisfazem a comandante no momento final para a disputa do Mundial. "Depois de quatro anos, acho que as jogadoras fizeram um ótimo trabalho, porque não se trata apenas da posição e da forma como nós gostamos de defender, mas também de uma atitude determinada. Estou muito orgulhosa delas, e não tomar gols é extremamente importante. No final do dia, alcançar objetivos será mais importante, eu acredito, do que vencer a França. Mas estou orgulhosa das jogadoras, pois elas realizaram um excelente trabalho durante esses quatro anos", avaliou a sueca.
A familiaridade algumas peças da Seleção com as francesas, como a meio-campista Luana, jogadora do Paris Saint-Germain, pode ser fator importante para o desenvolvimento do jogo. "A minha ida para a França me deu mais experiência, e eu me sinto preparada tanto mentalmente quanto fisicamente para poder representar meu país e assumir essa responsabilidade e fazer o meu melhor", afirma.
Para a atleta do PSG, a simbiose do elenco, aliada à criatividade ofensiva, são pontos favoráveis para uma vitória e à classificação antecipada ao mata-mata. "Eu acho que nós estamos prontos. E também, eu acho que o poder que nós temos no ataque é algo especial. São as jogadoras rápidas que nós temos, as jogadoras inteligentes e o acabamento. E também nós temos pessoas vindo do banco. Eu acho que isso vai ser a chave para o sucesso", fala.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
Saiba Mais