Futebol feminino

Seleção não tem jogadoras nascidas no DF pela terceira Copa seguida

Depois do corte de Nycole Raysla por contusão, a zagueira Tainara deixa o elenco e está de volta ao país. A jogadora do Bayern de Munique e Aline, da Ferroviária-SP, estavam na lista de suplentes

Agora é oficial: a Seleção Brasileira não terá representante nascida no Distrito Federal na lista final de convocadas para a Copa do Mundo Feminina disputada na Austrália e na Nova Zelândia pela terceira edição consecutiva. Depois do corte da atacante Nycole Raysla devido a uma entorse no tornozelo esquerdo durante um jogo-treino em Gold Coast, dias antes da estreia contra o Panamá, a última possibilidade era a suplente Tainara. Com a estreia do Brasil na última segunda, não é mais possível substituir atletas na convocação. Consequentemente, a zagueira brasiliense de 24 anos foi dispensada e deixou a concentração. Além dela, Aline está retornando ao país para se reapresentar à Ferroviária-SP.  

Sem Nycole Raysla e Tainara, a capital do país emenda três edições consecutivas sem uma representante nascida na cidade na lista final. O Brasil contou com no mínimo uma jogadora genuinamente candanga em três edições: 1999, 2007 e 2011. 

Após o treinamento realizado no Moreton Bay Central Sports Complex, em Brisbane, nesta quarta-feira (26/7), Aline e Tainara, duas das três suplentes selecionadas pela técnica sueca Pia Sundhage, deram adeus à delegação.

Prontas para entrar em campo pela Seleção, mas apenas em casos de emergência, as atletas foram dispensadas. Angelina, inicialmente escolhida como terceira suplente, recebeu a oportunidade de substituir a lesionada Nycole, mas não atuou na primeira partida na competição, na última segunda-feira (24/7).

A zagueira Tainara falou sobre o período de treinos antes da reapresentação ao Bayern de Munique e expressou gratidão. "Eu sempre escutei que representar a Seleção era algo grandioso, e eu vou formular essa frase e acrescentar algo que para mim é incrível. Jogar com vocês é maravilhoso", revelou.

Aline, atacante de 18 anos da Ferroviária, destacou a experiência na Austrália como "os melhores dias da minha vida". "Esses foram os melhores dias da minha vida, sem dúvida. Estou muito, muito feliz. Queria muito poder ficar aqui com vocês, mas eu vou estar acompanhando de longe e torcendo por todas vocês", disse ela.

A camisa 10 da equipe, Marta, também se dirigiu à dupla em um discurso encorajador diante do restante do grupo. "Nós só temos a agradecer a vocês. Vamos com muita saudade, mas sabendo que vocês vão seguir com a gente, mesmo que não estejam aqui fisicamente, vão estar presentes nas nossas memórias e no nosso coração. Vamos seguir juntas, como sempre foi e sempre tem que ser assim, do começo ao fim".

Volta aos treinamentos

O Brasil voltou às sessões de treinamento após o dia de folga dado à equipe na última terça-feira (25), um dia depois da vitória na partida de estreia, em Adelaide. De volta a Brisbane, Pia Sundhage iniciou o treinamento desta quarta-feira com um coletivo em campo reduzido, composto por três times, em revezamento.

Em seguida, um exercício específico de bola alta na área foi realizado, com foco na atuação da defesa, além de chutes cruzados do setor ofensivo e um trabalho de finalizações para as atacantes.

Em busca de mais uma vitória para encaminhar a classificação no grupo F, a Canarinho enfrentará a França, no próximo sábado (29/7), às 7h (Brasília), também em Brisbane. Na primeira colocação do grupo, com três pontos, a Seleção poderá colocar uma das mãos na classificação se conquistar mais uma vitória.

Afinal, a França, após empatar em 0x0 contra a Jamaica, ocupa a segunda colocação, com um ponto, seguida pelo país norte-americano, na terceira posição, também com um. O Panamá, em último, ainda não pontuou.

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*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima