JOGOS OLÍMPICOS

Um ano para Paris-2024: quem são os candidatos do Brasil ao pódio

Na contagem regressiva para a abertura da 33ª edição, o Correio mostra os atletas que podem colaborar na atualização do recorde de 21 medalhas de Tóquio-2020

Pegue o calendário e faça um lembrete para daqui a um ano, pois em 26 de julho de 2024 as cortinas do maior espetáculo esportivo se abrirão para o mundo, com o início da 33ª edição dos Jogos Olímpicos, em Paris. Um dos convidados mais importantes dessa festa, o Brasil vive um ciclo animador e ensaia, para a Cidade Luz, uma campanha ainda mais brilhante que a das 21 medalhas conquistados em Tóquio-2020.

A 366 dias do início da jornada no Velho no Continente, a delegação brasileira tem 43 vagas asseguradas: 18 do futebol feminino, sete do atletismo, 12 do rúgbi, duas do surfe, duas dos saltos ornamentais, uma do tiro esportivo e uma do ciclismo BMX racing feminino. Na saga pelo Japão ha três anos, o Time Brasil contou com 302 atletas. A expectativa é que o número seja semelhante em Paris-2024. Portanto, aproximadamente mais 260 personagens podem colocar o nome da lista VIP do esporte.

Mas, enquanto as definições das demais vagas não vêm, o Correio faz um exercício de futurologia sobre quem pode colocar o Brasil no pódio de algumas modalidades. O skate é uma das principais promessas. Dois vice-campeões olímpicos do street em Tóquio-2020 arriscam ser protagonistas em Paris: Rayssa Leal, a Fadinha, e Kevin Hoefler. A safra talentosa tem Pamela Rosa, Raicca Ventura, Lucas Rabela e Augusto Aikio.

Outras pranchas promissoras são as de Filipe Toledo e Tatiana Weston-Webb, do surfe. Eles são os primeiros brasileiros garantidos na próxima edição dos Jogos. Filipinho é o atual líder do ranking e vencedor de três das nove etapas da WSL disputadas até o momento. Weston-Webb é atual campeã mundial do ISA Games.

Semifinalista de Roland Garros e atual número 13 da WTA, a tenista Beatriz Haddad também traz esperanças para o Brasil. Em Tóquio, Luisa Stefani e Laura Pigossi conquistaram a primeira medalha olímpica do país na modalidade e abriram a porteira para novos pódios. Com a pequena raquete, o carioca Hugo Calderano é o principal candidato a furar domínio asiático do tênis de mesa, sobretudo o chinês. Ele é o quarto do ranking.

Eleitos melhores atletas do país na temporada passada, Rebeca Andrade (ginástica artística) e Alison dos Santos (atletismo) são cotados como favoritos. A paulista, campeã mundial no individual geral, busca a vaga, enquanto o Piu alcançou o índice olímpico na etapa de Mônaco da Diamond League.

A relação do Correio dos prováveis heróis na capital francesa ainda conta com a campeã mundial do boxe, Beatriz Ferreira; o brasiliense Caio Bonfim na marcha atlética; Mayra Aguiar no judô; Martine Grael e Kahena Kunze na vela; Fernando Scheffer na natação; Thiago Braz no salto com vara; e Rafael Pereira no 110m com barreiras.

Os esportes individuais estão em alta, mas os coletivos parecem viver uma crise de identidade. As Seleções masculina e feminina de vôlei estão fora da final da Liga das Nações e precisam correr contra o tempo para garantir a vaga no Pré-Olímpico e resgatar o prestígio. Em Tóquio, a trupe de Zé Roberto Guimarães foi prata, enquanto a de Renan Dal Zotto sequer subiu ao pódio.

Nos gramados, a Seleção feminina é a única com vaga assegurada. Em 2021, Marta e companhia não romperam a barreira das quartas de final, mas, com o ciclo completo sob comando de Pia Sundhage, otimismo é maior. Atual bicampeão no masculino, o Brasil jogará o pré-olímpico, mas se apega à geração talentosa com Endrick, Vítor Roque, Marcos Leonardo e outros.

Presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Wanderley está otimista. "Nossa meta é sempre a superação dos resultados anteriores. Esse é o nosso principal objetivo, seja em número de medalhas, participações em finais, aumento da quantidade de modalidades e de atletas com chances de resultados", disse ao portal da entidade. 

Valdo Virgo - Olimpiadas de Paris Capa

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