A justiça britânica arquivou o processo contra o ex-jogador galês Ryan Giggs, ídolo do Manchester United, que terminou declarado como inocente da acusação de violência doméstica contra sua ex-namorada Kate Greville e a irmã dela, informou a promotoria nesta terça-feira (18).
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O primeiro julgamento, no ano passado, não teve um veredito, já que o juri não chegou a um acordo sopre a culpabilidade de Giggs, de 49 anos.
Um segundo julgamento estava previsto para o final de julho, mas a promotoria anunciou durante uma audiência preliminar no Manchester Crown Court que não daria prosseguimento à acusação.
"Não é uma decisão tomada de ânimo leve", disse o representante da promotoria Peter Wright, explicando que Kate Greville, abalada pelas audiências do ano passado, não queria mais testemunhar.
Greville, que conheceu Ryan Giggs por conta de seu trabalho como profissional de relações públicas, compareceu chorando ao tribunal, onde descreveu o comportamento "agressivo" do ex-jogador.
Diante desse cenário, a juíza encarregada do caso o declarou formalmente como inocente e o processo foi arquivado.
- 'Reconstruir' -
"O senhor Giggs está profundamente aliviado pelo fato de as atuações judiciais terem finalmente terminado depois de quase três anos de luta para limpar seu nome", afirmou o advogado do ex-jogador, Chris Daw.
"Ele sempre foi inocente dessas acusações e das muitas mentiras que foram proferidas", continuou. "Foi declarado inocente de todas as acusações e, a partir de agora, quer reconstruir sua vida e sua carreira como homem inocente".
Giggs era acusado de ter agredido Kate Greville e sua irmã, ferindo a primeira no cotovelo e na boca, durante uma briga no dia 1º de novembro de 2020, quando a polícia foi chamada em sua casa.
O ex-jogador alegou que nunca cometeu atos violentos contra mulheres e que sua ex-namorada se machucou em um choque involuntário quando brigavam pela posse de um telefone celular.
Depois de três semanas de audiências no ano passado e após 20 horas de deliberação, o juri não conseguiu chegar a um veredito.
Ryan Giggs tinha assumido em janeiro de 2018 a seleção do País de Gales, que chegou às oitavas de final da última Eurocopa, em 2021.
Ele pediu demissão do cargo em junho de 2022, afirmando que não queria que o caso afetasse a preparação da equipe para a Copa do Mundo, que o país não disputava desde 1958.