Em Paris, o Brasil segue dando o que falar no Mundial de Atletismo Paralímpico de 2023. Nesta quinta-feira (13), nas finais da categoria 100m da classe T11 (atletas com deficiência visual), o esporte paralímpico verde e amarelo somou mais duas medalhas a um montante que já é expressivo na edição da competição deste ano.
Em uma decisão quase 100% brasileira, a favorita Jerusa Geber, atual vencedora da prova, sagrou-se bicampeã mundial ao lado do guia Gabriel Garcia. Com um tempo de 11s86, a acreana de 41 anos bateu o recorde do campeonato, e conquistou a nona medalha de ouro do país no Mundial. Geber, além disso, já havia batido o recorde do campeonato na semifinal, com 11s89. Ao lado dela, estavam as também brasileiras Thalita Simplício e Lorena Spoladore, além da chinesa Liu Cuiqing.
Apesar da expectativa do torcedor em presenciar um pódio 100% brasileiro, a conclusão da prova acabou por decepcionar. Ao final da prova, Spoladore, perto de concluí-la na segunda colocação, acabou caindo sozinha, e não terminou a prova. De qualquer maneira, com tempo de 12s37, Simplício fechou a disputa pouco atrás da chinesa para garantir a medalha de bronze para o Brasil.
Agora, o país sul-americano soma 9 medalhas de ouro, seis de prata e nove de bronze. Segundo colocado no quadro geral de medalhas, a nação verde e amarelo fica atrás apenas da China, que tem 24 pódios no total.
Demais destaques
A quinta-feira (13/7), o sexto dia do Mundial em Paris, foi de muitos sorrisos para os brasileiros. Com quatro medalhas conquistadas, incluindo dois ouros, o Brasil se coloca cada vez mais perto de um desfecho de sucesso na competição, que se encerrará na próxima segunda-feira (17).
No período da manhã, Yeltsin Jacques, nos 1.500m T11, levou a outra medalha de ouro do dia. No lançamento de dardo F56 (categoria para atletas cadeirantes), Raissa Rocha Machado garantiu a medalha de prata.
Apesar disso, nenhum dia da competição foi, até agora, tão vitorioso quanto a última quarta-feira (12). Somente neste dia, o Brasil conquistou um total de 10 medalhas. Ao todo, foram cinco ouros, três pratas e dois bronzes.
O destaque principal ficou com a paulista Beth Gomes, que conquistou a ponta dos pódios na categoria F53 de arremesso de peso (para cadeirantes) - com direito a quebra de recorde mundial, com a marca de 7,75m - e no lançamento de disco F53, com distância de 17,12m, também um novo recorde mundial. Os recordes anteriores de ambas as modalidades, por sinal, também eram dela.
O carioca Ricardo Gomes foi outro que somou a segunda medalha de ouro na competição. Ao vencer os 200m T37 (paralisa cerebral), Gomes, com tempo de 22s59, também bateu o recorde da competição na categoria. Além dele, o paulista Christian da Costa, com 23s30, garantiu a dobradinha brasileira no pódio, com a prata. Vale ressaltar, ainda, que Ricardo Gomes também já havia, na última segunda-feira (10), vencido a prova dos 100m rasos, com tempo de 11s21.
Nos 400m T11, o também carioca Felipe Gomes garantiu a vitória, assim como o mineiro Claudiney Santos, no lançamento de disco F56. Nos 100m T13 (deficiência visual) e no arremesso de peso F11, Fabrício Ferreira e Alessandro Silva garantiram, respectivamente, mais duas medalhas de prata.
Saiba Mais
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima