Futebol

Brasília, amigos, videogame: o que o brasiliense Endrick diz ao Marca

Contratado pelo Real Madrid, joia de 16 anos do Palmeiras fala à imprensa espanhola do prazer de vir a Brasília nas folgas para brincar com amigos e lembra participação em camp do Real em Águas Claras

Protagonista do Palmeiras no domingo passado no duelo à partida com colega Vítor Roque no empate por 2 x 2 com o Athletico-PR, na Arena da Baixada, em Curitiba, o centroavante brasiliense Endrick falou com exclusividade ao tradicional diário espanhol Marca na edição publicada nesta sexta-feira sobre o momento na carreira profissional, aos 16 anos, e a expectativa pela transferência para o Real Madrid. O clube merengue contratou a joia alviverde por 40 milhões de euros e deve passar a contar com ele assim que completar 18 anos. A entrevista é assinada pelo jornalista José Félix Díaz. 

Questionado sobre o que gosta de fazer nas horas vagas, Endrick citou a capital do país. "Tenho alguns amigos em Brasília, aqui (em São Paulo) também, mas muito mais em Brasília. Quando tenho uns dias de descanso procuro ir lá e estar com eles, com a família", afirmou.

O jogador revelou um dos passatempos prediletos. "Também jogo videogame em casa, também com meu PC. Isso é algo que eu amo, algo que eu gosto de fazer. É especial para mim. Tenho apenas 16 anos. Acho que todos os meninos jogam videogame. Também brincam com os irmãos... Eu tenho um irmão e gosto de brincar com ele. Eu faço coisas que me deixam feliz agora. Procuro não ver futebol, não ver programas de televisão para acalmar um pouco a minha rotina de jogador. É por isso que gosto de jogar videogame", explicou.

Marca/Divulgação - O brasiliense Endrick foi capa do jornal esportivo espanhol Marca

Autor de sete gols em 29 jogos na temporada com a camisa do Palmeiras, Endrick falou com se vê aos 16 anos. "Como um menino cheio de sonhos a realizar. Um menino que busca espaço no futebol, que corre atrás dos sonhos. Primeiro quero ganhar títulos com o Palmeiras. Na minha cabeça agora é ganhar a Libertadores, o Mundial... Esse é um dos meus maiores sonhos. Eu quero quebrar recordes. Tenho dee continuar trabalhando porque tenho apenas 16 anos e muito o que trabalhar, melhorar ainda mais, mas sempre com os pés no chão. Devo agradecer a Deus por tudo que está acontecendo comigo na vida", responde ao Marca.

Ao falar sobre a preferência pelo Real Madrid, Endrick lembrou da participação em um projeto do clube no Distrito Federal. "Acho que eu tinha 8 anos, 7 anos... Teve uma fase que treinei em um camp do Real Madrid. Em Águas Claras, em Brasília. Pude sentir essa experiência, treinando com meus amigos. Isso foi muito bom. Fiquei muito feliz naquele momento, naqueles anos o Real Madrid era campeão da Liga dos Campeões. Cresci vendo a grandeza do clube", recorda.

Na entrevista, Endrick surpreende ao contar que a relação dos país com o Real Madrid quase fizeram com que ele fossse registrado com outro nome. O Real Madrid é um time que eu amo. "O time que cresci assistindo jogar. Cresci vendo os ídolos do Real Madrid. Quando comecei a gostar mais, fui procurar mais da história. Tem até uma curiosidade. O meu nome não ia ser Endrick, ia ser Di Stéfano, que era jogador do Real Madrid. Como eu vi meus ídolos jogarem lá, como eu vi a história do Real Madrid, fiquei ainda mais interessado. Me interessei pelo maior clube da Europa. Encarei como um desafio para mim jogar pelo Real Madrid, que era o time que eu sempre quis. Jogar no Real Madrid. Por isso escolhi o Real Madrid", argumenta.

Desafiado a comparar Palmeiras e Real Madrid, Endrick crava: "O Palmeiras é o maior clube do Brasil e o Real Madrid o maior clube da Europa. Estou feliz por poder jogar pelos dois maiores clubes. O Palmeiras, como vocês sabem, me procurou quando eu era criança e eu estava completamente abatido. Pude crescer com eles, pude crescer desde a base, pude jogar no Palmeiras e conhecer a torcida. Estou feliz, e como digo, penso no presente. Penso em conquistar títulos aqui, porque isso deixa todo mundo feliz e estou sempre em busca de novos desafios. O Palmeiras é muito grande. Ele me tirou de baixo e está me colocando para cima. Para mim isso é muito bom e tenho muita gratidão por isso".

Lembrado de que o último brasileiro camisa 9 do Real Madrid foi Ronaldo "Fenômeno", Endrick admite o peso da responsabilidade. "Nove é um número muito emblemático. Um bom número. É um número que eu gosto. Sempre usei em categorias inferiores, mas pessoalmente não me importo muito com o número. Eu apenas quero jogar. Eu não me importo com o número", pondera.

Endrick conta que esteve no Real Madrid e viu gol de um dos camisas 9 históricos do clube merengue. "Assisti a um jogo no Bernabéu e foi muito bom. É uma sensação que me fez tremer porque quando eu estava lá eu vi o gol do Karim (Benzema), vi a torcida explodir gritando o nome dele... Depois, eu vi o gol do Vinicius. Foi um dia muito feliz. Pude estar com minha família, minha mãe e meu irmão", relata Endrick.