Em ascensão no cheerleading com medalhas em competição internacional, o universitário brasiliense Lucas Cauê Castro Silva, de 23 anos, ganhou uma bolsa integral na universidade Iowa Western Community, dos Estados Unidos, por meio Compete Brasília. O benefício foi concedido neste ano pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) junto à Confederação Brasileira de Cheerleading Desportivo (CBCD).
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Trata-se de uma modalidade norte-americana ligada à animação de torcida que trabalha força, flexibilidade e coordenação. Em 2022, o atleta entrou na Seleção Brasileira de Cheerleading, quando competiu em Orlando, na Flórida. Este ano, a equipe de Lucas trouxe as duas primeiras medalhas do esporte para o Brasil, com bronze na categoria CoEd Elite e prata na Junior, ficando à frente até de equipes locais.
O atleta conheceu o esporte em um evento de 2018 e achou diferente dos que conhecia. Em 2019, começou a praticar, treinando em alto rendimento e participando de várias competições, com equipes universitárias e All Star (nas quais não é necessário o vínculo estudantil para entrar, desde que se faça a seletiva).
De janeiro a julho deste ano, cerca de 2,6 mil atletas foram atendidos pelo programa que, até o momento, investiu mais de R$ 6,3 milhões em diversas modalidades no DF. Lucas ressaltou a importância do programa para fortalecer uma rede de contatos e trazer mais oportunidades no esporte.
“O Compete Brasília foi de suma importância porque, além de competir, eu pude estar lá nos Estados Unidos e me relacionar com as pessoas, conversar. Me deu uma oportunidade de ser visto e reconhecido”, destaca o jovem.
Para o secretário de Esporte e Lazer, Renato Junqueira, a conquista do Lucas Cauê é o resultado do comprometimento da pasta com o alto rendimento dos atletas de Brasília. "Todo esse investimento por meio do Programa Compete Brasília comprova que também estamos empenhados em fortalecer o desenvolvimento esportivo na nossa cidade”, declarou o chefe da pasta.
Compete Brasília
O Compete Brasília é um programa do Governo do Distrito Federal (GDF) que incentiva a participação de atletas e paratletas de alto rendimento das mais diversas modalidades em campeonatos nacionais e internacionais, por meio da concessão de passagens, transporte aéreo para destinos nacionais ou internacionais e transporte terrestre para destinos nacionais.
De acordo com Lucas, antes da integração no programa, alguns atletas gastavam de 24 a 36 horas em viagens de carro para poder competir e treinar, sem investimento ou apoio. “No meu primeiro ano, eu gastei uns R$ 25 mil para conseguir representar o meu país. Isso abala não só o financeiro, mas o psicológico do atleta”, explicou o atleta de cheerleading.
História do cheerleading
A modalidade do cheerleading surgiu em 1887, na Universidade de Princeton e, desde então, ocorre principalmente nos Estados Unidos. Inicialmente, era praticado apenas por homens. Porém, a partir dos anos 1920, as mulheres entraram usando saias que chegavam à canela.
Com o passar dos anos, a modalidade foi se tornando a atividade favorita das estudantes de colegiais e deixou de ser apenas para animar a torcida para se tornar um esporte em si. Em 2012, o SportAccord, organização que reúne todas as federações internacionais de esportes, reconheceu o cheerleading como esporte.
Em 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI), além de reconhecer o esporte, também reconheceu a União Internacional de Cheerleading (ICU). Atualmente, há expectativas de que o esporte seja incluído no rol de modalidades das Olimpíadas.
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